sexta-feira, dezembro 07, 2012

O Bolinhas.

Olá a todos. Como tem sido meu hábito nos últimos tempos, após o almoço fui fumar um cigarro ao oitavo piso do edifício onde trabalho. Como devem calcular a vista é boa e abrangente desta “alucinante” cidade de Lisboa. Uma das razões que me levam ao oitavo piso é o facto de ter visão para a Serra da Arrábida que por si só me acalma a alma. Tão, e só, porque me transporta para a minha casa situada no sopé dessa mesma serra. Ai, no sopé da serra, “alucinante” é mesmo o cantar dos pássaros, o ladrar dos cães, e na maioria do tempo, o estrondoso silêncio que acalma qualquer alma que se sinta, ou que se queira sentir (importante). Mas e o Bolinhas? Já explico…

Estando a fumar, no oitavo piso, hoje voltei a olhar as três enormes gruas de apoio á construção de um enorme e imponente edifício que, ouvi dizer, será a nova sede da Policia Judiciária… será? Não importa. Lembrei-me do Bolinhas porque, infelizmente, jaz, espero que em descanso, bem perto do meu pai no cemitério da Moita. Penso que o Bolinhas trabalhava em uma destas gruas pois na sua lapide está bem desenhada uma grua pelo o qual assumo que fosse um operador das mesmas. Imaginei nesse momento qual seria a sensação de trabalhar nas alturas e ver a obra, a cidade, o mundo, de patamar tão elevado. Sentiria o Bolinhas, durante o dia, ou a noite, o mesmo que eu senti naquele momento? Veria também o Bolinhas a sua casa ou a sua terra lá nas alturas? Não sei. Mas associei que sim, que tal como eu naquele momento, o Bolinhas com certeza devia “desligar” muitas vezes desta “alucinante” vida nesta “alucinante” cidade de Lisboa.

Neste momento, 07 de Dezembro de 2012, pelas 14:13, apetece-me ir para casa e “desligar”…

terça-feira, outubro 02, 2012

Um dia acontece


Olá a todos. O tempo passado entre as minhas publicações no blog está a aumentar. Não existe uma razão aparente, apenas acontece assim. Hoje lembrei-me de partilhar um texto enviado por uma amiga. Partilho porque apela a olharmos a nossa força interior, a não termos medo de “decidir”. Qualquer decisão implica riscos mas não é a vida um “risco”? Por isso mesmo um dia acontece. Quantas vezes palavras que ouvimos ou lemos aqui e ali alteram a nossa vida? Por exemplo, será que não podemos chegar ao patamar de algumas individualidades que conhecemos? A ambição não nos é permitida? Não podemos crescer? Ir mais além? Será apenas uma questão de atitude? medo de arriscar? Será que nem nos lembramos, apercebemos ou sequer paramos um pouco para pensar nisso? Por isso mesmo "decidi" partilhar as frases, as palavras, uma forma de estar na vida e que foram escritas por um senhor conhecido em todo o mundo. Fiquem mais ricos com estas palavras pois a sabedoria não tem preço.

E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar...
Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.
Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.
Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.
Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.
Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.
Naquele dia descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de as superar.
Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tivesse sido.
Deixei de me importar com quem ganha ou perde. Agora me importa simplesmente saber melhor o que fazer.
Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim deixar de subir.
Aprendi que o melhor triunfo é poder chamar alguém de "amigo".
Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamorar, "o amor é uma filosofia de vida".
Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser uma ténue luz no presente.
Aprendi que de nada serve ser luz se não iluminar o caminho dos demais.
Naquele dia, decidi trocar tantas coisas...
Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para tornar-se realidade. E desde aquele dia já não durmo para descansar... simplesmente durmo para sonhar.


Walt Disney


quinta-feira, março 08, 2012

Bom Ano de 2012


Estamos já em Março de 2012 e este ano escrevi a minha habitual mensagem de mudança de ano de forma diferente. Essa mensagem foi colocada em segunda-feira a 23 de Janeiro com titulo “Hello World”. O ano de 2011 consolidou em mim muito do que sou hoje e sinto-me com valor acrescentado mas no entanto continuo em busca de mim mesmo. Por esse motivo acho que faltava algo para ser a mensagem ideal e o que faltava, nomeadamente em palavras, chegou-me via e-mail após partilha de uma grande amiga. Por esse motivo partilho também o que penso ser o melhor complemento para este ano de 2012 “Um convite que não podemos ignorar”:


Podemos criar o que quisermos porque a escolha é nossa


Em séculos e séculos de vida, a humanidade tem procurado o seu lugar de paz.


Mesmo nos momentos mais difíceis, a esperança dessa paz mantém-se intacta, como se fosse impenetrável, e todos soubéssemos que, mais cedo ou mais tarde, seremos e estaremos em Paz. Por todo o lado, estão a acontecer coisas magníficas.


Estamos a despertar a coerência da cooperação, a compaixão e a solidariedade que nos elevam, e trazem o mais sublime de nós à evidência. Estamos a transformar-nos em seres amorosos e pacíficos. E vamos continuar. Nada nem ninguém nos impede. Porque esse Amor e Paz existem num lugar onde ninguém, a não ser o próprio, pode aceder: o Coração. É aí que reside o Amor e a Paz. É esta a verdade absoluta, a única verdade que não pode ser substituída por nenhuma outra. Convido-vos a confiarem e acreditarem na vossa Verdade: essa que é linda, magnificente e poderosa, residente no Coração!


A mente é um instrumento de acção, é a ferramenta que permite encontrar sentido no que fazemos, e, enquanto sede do pensamento, há que estar bem atento à mente, e não deixar que o pensamento lógico e racional se sobreponha ao sentimento do Amor e da Paz que só existem no coração. A lógica mental obedece a um princípio linear, no qual só existe uma única realidade, que é a que está no pensamento nesse momento. Esta lógica gera a percepção errada de ter, ou seja, o pensamento julga que tem aquilo que pensa, julga que aquilo que pensa é seu.


A coerência do coração, o Amor, permite entrar num padrão vibracional no qual não existe linearidade, onde progressivamente os factos da vida surgem como parte de um processo existencial de Ser, que é constituído por múltiplas experiências. Aceitar este facto e aprender a viver segundo este princípio, representa uma enorme economia de energia, que origina um estado pessoal harmonioso, amoroso e pacífico. Ser é a possibilidade do auto-reencontro, que não se baseia naquilo que se tem, mas é reflectido para aquilo que se tem, a partir do interior, e assim tudo faz mais sentido.


É neste quadro de Amor e Paz que venho falar de 2012. Um ano em perspectiva e em expectativa, sobre o qual existe muita especulação. Acontece que, devido a essa especulação, concentra-se sobre essa data uma energia muito forte, que vai adquirindo consistência e materialização. E conforme se pense, fale ou escreva sobre ela, está-se a dar-lhe uma forma, a atribuir-se um conjunto de realidades ou possíveis acontecimentos. É a lei da Atracção!


Mas com essa postura, o que podemos esperar desse ano? Amor, Paz, Abundância, Compaixão, Tolerância, Felicidade, e outras coisas positivas? É isso que criamos no nosso pensamento, e alimentamos com o nosso coração amoroso? Se for isso, então teremos um futuro admiravelmente positivo. É o que eu desejo para mim e para todos os seres humanos. E é só disso que quero falar. Do que é bom e traz coisas boas. 2012 traz-nos um convite que não podemos ignorar: o convite à Alegria, aos Sorrisos, à Serenidade, ao Amor!


Todos os dias ocorrem acontecimentos novos, imprevistos, com os quais estamos a aprender a praticar uma nova consciência positiva e solidamente assente em princípios humanistas de cooperação e regeneração. Esse é o nosso Futuro. E TODOS somos o nosso futuro. Estamos ligados por fios de infinita beleza e coerência amorosa: a Luz da energia espiritual que desperta nas nossas consciências de seres humanos.


Em 2012, podemos criar o que quisermos, porque a escolha é nossa. Vamos, todos juntos, plantar abraços, tolerância, gratidão, alegria, para criarmos desde já um glorioso 2012? Diariamente, crie um novo hábito: sorria para si mesmo, sorria aos outros e envie amor aos que ainda não sorriem. Pense nisso e comece a praticar.


Sinta-se bem consigo! Sinta-se bem com a vida! Seja Feliz!


Abraço... ao Mundo!

segunda-feira, janeiro 23, 2012

Hello World

Hello World! Geralmente é assim que um programador inicia a sua entrada no mundo da programação ou numa nova linguagem de programação. Escolhi esta frase porque desde setembro de 2011 que não dava as caras por aqui. A vida está cada vez mais acelerada e o tempo para algo mais que não seja trabalhar vai ficando escaço. Hoje decidi escrever umas palavrinhas pois estou um pouco limitado de movimentos e a vontade de programar não é muita. Ainda assim hoje já despachei mais serviço que o que tinha em mente, por vezes as dificuldades esperadas não se manifestam e o trabalho corre melhor. Cá estou eu com um diagnostico de “escoliose lombar” e segundo consta, trata-se de um desvio tridimensional (nas três dimensões) da coluna o que significa que a coluna para além de desviar para um dos lados também faz rotação e inclinação. Deve ser mesmo assim porque assim que me movimento dói na base da coluna… uma chatice. Já estou a tomar uns medicamentos e agora é deixar o tempo curar a mazela.

Cá estamos então no ano de 2012, aquele ano que todos esperávamos para ver no que isto dá. Desde profecias a crises o panorama continua a não ser muito favorável, as noticias diárias não nos dão margem para andarmos descansados. Ainda assim não me posso queixar muito, felizmente além desta recente mazela não tenho tido outros problemas. Posso até dizer que me encontro satisfeito pois se no ano de 2011 cumpri os principais objetivos, este ano iniciou com o reconhecimento do trabalho de anos anteriores. Falo a nível financeiro claro onde este ano poderei ter um encaixe financeiro superior a 2011 e assim continuar a aplicar a minha “troika pessoal” com sucesso. Já outros objetivos irei tentar dar um jeito este ano pois andam a atrasar-se para meu próprio mal. Tenho um livro que comecei a escrever para acabar e também tenho de arranjar tempo para cuidar da minha saúde. Tenho urgentemente de começar a praticar desporto com alguma frequência, caso contrário este tipo de mazelas irá agravar-se. Já tenho essa vontade o que é bom sinal. Alguns outros objetivos vão-se fazendo e concretizando, com maior ou menor sucesso.

O tempo continua a ser um problema, ele passa e ando a perder muito dele em “transito” e quase sempre em passo acelerado. Receio que não seja algo que posso resolver a curto ou mesmo a médio prazo. Já estou nos 40 e as aventuras são muito perigosas, apesar da vontade de mudar de vida. No entanto vou observando em redor e ficar atento a oportunidades, nunca se sabe quando pode surgir uma solução para determinado “problema”. Por hora irei seguir um registo de continuidade e dar o melhor de mim, quer por mim, quer por aqueles que me rodeiam. Penso estar em bom caminho e quem me conhece sabe que sempre tento melhorar e cumprir bem as minhas funções. Os sonhos vão-se alimentando com a vida, os desejos vão ganhando forma e assim vamos continuando a lutar por aquilo que ambicionamos. A ambição não nos permite parar ou acomodar pois essa seria sempre uma má solução, temos de lutar sempre por melhorar.

Bom ano de 2012 a todos e se este ano não for melhor, que não seja pior…

quinta-feira, setembro 08, 2011

Demanda do Futuro

Uma grande amiga partilhou este texto por e-mail, vai ao encontro de muitos do meus pensamentos. Decidi também partilhar com todos:


Segundo Alice Bailey no livro “Tratado sobre Fogo Cósmico”, durante milhares de anos foi construída pelo homem uma forma mental gigantesca, que pesa sobre toda a humanidade baseada em desejos primários, alimentando inclinações malignas da pior natureza humana, infelizmente esta obscura nuvem mental continua a produzir a ignorância e o egoísmo, mantendo-se viva de várias formas, mas que deve ser desintegrada, destruída pela própria humanidade, tal boomerang retornando ao seu ponto de partida.


Ela é construída continuamente, numa constante acumulação dos maus desejos, inclinações perversas e propósitos egoístas. Na realidade, todo o pensamento mal dirigido que se manifesta nas palavras e nos actos no plano físico, repercute-se nos níveis subtis espirituais e contribui para alimentar e expandir esta “entidade mental”, criada pelo próprio homem, não só agora, como no passado por sucessivas épocas civilizacionais. Esta egrégora mental maléfica tem a proteção dos que se aprazem no mal, vivificando os desejos no homem, condicionando a evolução espiritual, cristalizando a humanidade.


Só pela inteligência consciente é que efetuaremos a limpeza desta egrégora que paira sobre toda a humanidade e, todo o trabalho de purga, seja cósmico ou individual, passa pelos poderes mentais do uso correcto do Pensamento. De momento, grande parte da humanidade, vive sob a manifestação da matéria mentalou sob o ciclo de evolução da mente, que se não for bem orientada fomenta o poderoso desejo dos níveis inferiores, o da fatal atração física. Esta força desenvolve uma forte energia ao nível físico, que debilita as capacidades mentais superiores, sendo então fácil ao poder das trevas (luz não manifestada ou influências negativas), manipular cada vez mais os seres desviando-os do seu propósito principal, que é viver sob os níveis mentais superiores ou búdicos.


De fato, este cenário que acabo de descrever não é novo, mas reforça o alerta que deve existir para sermos mais atentos às influências nefastas que, constantemente, pairam sobre todos nós. Isto serve também para prevenir contra as facilidades do caminho espiritual, que tantos propõem para a auto-realização. A mente é a grande arma para o combate às influências nefastas, à negligência, ao torpor e, por isso, advirto que usem a mente inteligentemente, ou como diria o Buddha: despertem!


Aconselho sempre a Meditação como forma eficaz e segura de fortalecer a mente para o trabalho equilibrado do cérebro, e dirigir o pensamento na direção correta, que o mesmo é dizer de objetivos superiores. Não se devem iludir com as panaceias tanto para o coração como para a mente, pois o que é necessário é usar a mente, concentrá-la nos propósitos superiores; no altruísmo, na qualificação de desejos e na alimentação, na ação justa e, assim, se reverterão os sentidos inferiores, descontrolados em sentimentos sublimados, num propósito digno e elevado, desenvolvendo o amor incondicional. Naturalmente que não se deve exigir o amor incondicional nos outros, mas em nós próprios.


Quem anda à procura de gurus ou de ensinamentos fáceis, tipo de iluminação na hora, imediata, é porque não tem esse amor dentro de si. Obviamente, há sentimentos que toda a humanidade já desenvolveu coletivamente e o amor é um dos valores adquiridos, mas os bloqueios mentais, devido à polarização também em sentimentos inferiores e egoístas, obstruem o coração e o amor não se expande ou manifesta. Quando se começa uma prática de purificação, tanto física,quanto mental e espiritual, sublima-se a energia e apaziguam-se os sentimentos e as emoções, emergindo a lucidez, podendo então, o amor expandir-se livremente, desfrutando-se da felicidade interior.


Se procura nos outros o amor incondicional, nunca se encontrará a felicidade: tornar-se-á efémera. Até mesmo nas relações afetivas entre dois seres, se não houver a dádiva espontânea sem esperar recompensa, pode tornar-se uma fonte de exigências e de posses. O princípio básico da humanidade quanto ao amor é procurá-lo nosoutros através da atracção física, contudo, quando já se vislumbram outros ideais como uma via espiritual ou religiosa, geralmente procura-se alguém que represente esse ideal, onde se espera receber aquilo, que afinal, cada um tem de encontrar dentro de si próprio. Há tantos gurus, tantos métodos milagrosos, apregoados para alcançar a iluminação de forma rápida mas, na realidade, absolutamente enganosa, apenas com o intuito do prestígio pessoal e ganho material.


Tenho observado ao longo dos anos, tantos seres enganados por tantos métodos especializados, que arrastam as pessoas para um abismo onde acabammais gastas, mais desiludidas ou até desviadas dos seus propósitos espirituais, absolutamente vazias desse amor incondicional que buscaram nos outros, esquecendo que o verdadeiro caminho passa pelo trabalho interno da busca do Amor Divino. Foi pura perda de tempo…


Por vezes, já estão tão pervertidos os seus objetivos de vida espiritual, que dificilmente encontram o fio condutor. Na realidade, o meu propósito aqui, nestas páginas é denunciar, métodos falsos, arrasadores, verdadeiros desvios ao caminho espiritual, como o xamanismo, tão em voga, que tem levado muitas pessoas ao desequilíbrio. Baseado num ensinamento já tão ultrapassado para a humanidade actual, que só consegue seduzir os incautos com uma droga, um “elixir”, iludindo-os com experiências astrais de visões e de emoções, para os convencer de que estão a vivenciar o Divino, quando não passa afinal de uma experiência de drogados.


Esta bebida, o “santo dayme”, consumida infelizmente para alguns com regularidade, destrói o organismo, corroendo as vísceras, os dentes, o cabelo, os olhos e o mais grave incapacitando o próprio cérebro do seu funcionamento normal, destruindo consequentemente as capacidades mentais e espirituais - tal o efeito da droga ou do álcool, que quanto mais debilitado o cérebro se encontra, mais o Ser procura impulsos para o reanimar, tornando-se então, num ciclo do qual é bem difícildepois sair – acontecendo infelizmente, já quando a maior parte dos enganados se encontram em estado adiantado de depressão e de aniquilação humana.


Como diz Salim Mikael, essa gente que influencia com métodos tão nefastos para a humanidade, devia ser presa: são criminosos! O caminho espiritual é sobretudo uma via inteligente de chegar a Deus. Métodos infalíveis de iluminação milagrosa, não existem. O que existe e como um bem em cada ser humano é o esforço consciente. Nele se desenvolve a vontade altruísta, a aspiração espiritual e, sobretudo, um apelo determinado para começar tudo isto de forma inteligente, paciente e honestamente.


Não se deve seguir o mais fácil, não aceitando receitas milagrosas de auto-realização, por um simples método, seja apenas a respiração, seja em bebidas feitas de ervas, seja nas curas, nas regressões, nas leituras de auras e dos chakras, de mantras infalíveis e tantas seduções enganosas que desviam os seresdos seus propósitos mais nobres, na realização da sua própria vida espiritual consciente. As drogas ou impulsos exteriores aniquilam a Consciência.


Portanto, todos os métodos ilusórios de iluminação rápida vão apenas esconder ainda mais aquilo que fomenta os obstáculos à claridade mental, que é a negligência. De facto, não vêem que o único e verdadeiro caminho é um trabalho que deve ser feito no interior, para atender às suas próprias necessidades. Não se pode “ver” ou realizar os objetivos superiores, quando não se resolveu os seus problemas inferiores, fruto dos seus desejos, atividades e interesses próprios.


Se ainda não se sublimou os seus próprios desejos e tendências, como é possível através de um rápido vislumbre, dado através de drogas realizar a integridade, a nobreza e a quietude?


Nem é possível alcançar nada espiritualmente, nem realizar o Divino quando ainda nem sequer se realizou na sua humanidade mais básica. Como há tanta gente a querer curar os outros, se ainda não se curou a si mesmo?


Também não merecem crédito aqueles que encobrem ou renegam Deus através de conceitos muito elaborados de engrandecimento do próprio homem, como não precisando de Deus algum para se realizar. Chamem-lhe Deus, energia Cósmica, Ser Superior, Inteligência ou Absoluto é para nós humanos, o Divino ao qual pertencemos, de onde viemos e para onde voltaremos. Por rebeldia e na busca de prestígio, alguns influentes das “massas” vêm passar mensagens de não necessidade de Deus, lançando subtilmente a ideia de que a humanidade, aquela que acredita em Deus,religiosos ou místicos são todos estúpidos!


Pensam, naturalmente, que demonstram muita inteligência, avançados mentalmente chamando de atrasados mentais à restante humanidade. Outros que são salvadores do mundo, absolutamente iludidos com os poderes pessoais. Gostaria de deixar nesta reflexão sobre o futuro uma mensagem mais animadora, mais esperançosa, como se as coisas que consideramos boas acontecessem por um passe de magia, mas incorreria numa ilusão, encobrindo a realidade, alimentando falsas promessas. O que quero dizer é que na intemporalidade da Vida, passado e presente são apenas aspetos referenciais para nos situarmos frente ao futuro - nesta imensidão do espaço cósmico - na busca de uma nova luz que nos guie espiritualmente.


Que a chama ardente do Amor incondicional irradie cada vez mais, para o Coração da Humanidade.

quarta-feira, julho 06, 2011

I Have a Dream

Hoje achei que devia escrever algumas palavras aqui para o meu Blog. Cada vez mais estamos focados, ou melhor, somos forçados a dedicar quase por exclusivo o nosso tempo ao trabalho. Sinto isso pois acabo por me esquecer do resto, do que está para além do trabalho, para além da nossa profissão. Cada vez mais a nossa vertente profissional nos envolve, pois cada vez mais a exigência tende a aumentar. Em certas áreas como a minha, ligada ao sector tecnológico, o tempo “passa” a correr e nem damos por ele. A atual conjuntura também não ajuda pois a palavra de ordem é produzir, criar, desenvolver… empenho! No meu caso acho que sempre segui essa linha mas os prazos tendem a diminuir e a busca de resultados também. São efeitos colaterais de viver neste tipo de sociedade competitiva onde, sem darmos conta, acabamos por ter de seguir ao sabor “da(s) economia(s)”. Esta velocidade já me começa a fazer alguma comichão e no fundo com o passar do tempo a relação profissão/proveito continua desajustada. Não estou a entrar no ponto de saturação mas a espaços já desejo uma mudança. A mudança passa por deixar este núcleo, ou antro, onde tudo anda e passa a correr, onde tudo se concentra, onde (se pensa) tudo acontece. Desde há algum tempo que tenho um “aviso interno” que me diz para trabalhar nesse sentido… mudança. No fundo o objetivo passa por ficar atento aos sinais, alargar os horizontes, procurar alternativas. Voltei inclusive a tentar a sorte ao jogo, um investimento modesto mas que pode alterar significativamente as regras do jogo da vida. Em 1963 Martin Luther King disse “I Have a Dream”, hoje também eu digo:

I Have a Dream

terça-feira, abril 26, 2011

Vamos seguindo, ao sabor do vento…

Desde Janeiro que não escrevia umas palavras aqui no meu blog pois tenho andado bastante ocupado na minha actividade profissional. Hoje regressei ao serviço após umas férias durante a semana santa. A pausa foi curta e encontrei tudo tal e qual deixei, a mesma pendência, o mesmo ritmo, as mesmas pessoas, a mesma cidade… Sinto-me menos cansado e optei por um regresso calmo e controlado. Tal é que resolvi dar uma palavrinha, um desabafo. Desde o meu último texto passaram três meses e muita coisa aconteceu. Atingi os 40 anos e penso que atingi também (mais coisa, menos coisa) o meio da minha vida. Não espero que seja assim uma conta fácil de fazer pois estaria a entrar em contagem decrescente, se bem que estamos nessa conduta desde o momento em que nascemos. Como sempre temos de seguir um dia de cada vez, com calma e gozando o bom e o mau desta nossa vida. Para além do meu relógio biológico também o planeta avança no tempo, também ele envelhecendo e regenerando-se. A natureza vai manifestando aqui e ali a sua essência de mudança, de vida e de morte, como sempre aconteceu e como sempre acontecerá. A nós, humanos e restante cadeia animal, apenas temos de conviver com ela, ao seu modo, á sua vontade. É sempre de lamentar o sucedido no Japão, país empreendedor, moderno e de gente trabalhadora. Dizem que estão habituados a estas coisas, mas está á vista de todos que para certos fenómenos nenhum ser nem nenhuma nação se podem preparar. Também não duvido da sua capacidade de recuperação e a curto prazo estarão novamente de pé e a dar cartas no panorama internacional. Quando não é a natureza a pregar partidas são os obreiros humanos que agitam a vida de todos. Na politica e na economia o panorama nacional e internacional mudou e cá estamos na “habitual” crise. Lá por fora, no mundo árabe as pessoas andam revoltadas e agitadas, querem uma vida melhor e mais justiça. No mundo ocidental está a decorrer uma feroz “guerra” económica entre blocos onde os mais fracos vão caindo. Não pertencem ao escalão superior e acabam por ceder e por ficar ainda mais dependentes, mais fracos, mais vulneráveis… mais pobres. Como se costuma também dizer: “enquanto for lá fora…”, ou melhor, costumava-se dizer porque nos dias de hoje a coisa já não funciona assim. A globalização não perdoa e já não nos podemos dar ao luxo de estar orgulhosamente sós. Aliás já nem a uma pessoa é permitido estar só pois cada vez mais estamos ligados entre nós, não por laços afectivos mas pela evolução diária da tecnologia da comunicação. Não sei se estamos a dar passos em frente ou se na realidade estamos a andar de lado. No meu querido país, desde Janeiro, as coisas mexeram um pouco e já cá temos os nossos amigos do FMI. Não fico nada espantado com isso mas preocupa-me, afinal passamos todos pelo mesmo e não me sinto feito da mesma massa da maioria. Desde o sempre festejado e enaltecido 25 de Abril já é a terceira vez que estes senhores nos “orientam” as contas. Um verdadeiro atestado de incompetência não só aos nossos promissores e arrojados senhores políticos mas também ao povo de uma nação com 800 anos de história. Não vou entrar em pormenores nem dar a minha opinião, tão pouco vou culpar quem quer que seja e muito menos dar uma solução. A minha experiência de vida já me ensinou que estou por mim e por quem de mais perto me rodeia. Continuo a fazer pela vida, ajustar-me e prevenir-me, fazer o que posso como posso. É esta a minha luta de vida, fazer por ser feliz num mundo que sinto estar a entristecer a cada dia que passa. Como também se costuma dizer: “Vamos seguindo, ao sabor do vento…”. Cuidem-se…