domingo, dezembro 17, 2006

O Tempo

Já faz algum tempo em que me encontro em silêncio… será falta de tempo?

Estou numa fase da vida em precisava de mais umas horas, para além das 24 disponíveis, para assim poder fazer tudo aquilo que preciso. Com certeza muitos compreenderão esta minha afirmação, outros nem sequer acreditam ou é muito difícil acreditar nela. Tenho o tempo todo preenchido, a agenda é extensa e vai desde o trabalho profissional ao caseiro, com filhos á mistura. A verdade é que a disposição e a vontade também não é muita, no final só interessa mesmo é chegar aos lençóis e lutar para dormir. Até a leitura que recentemente se tinha tornado um gosto e um hábito se encontra de momento fora de cena. São dias difíceis e acreditem que começo a sentir-me um pouco cansado, afinal não era isto que tinha planeado para mim! Sei que a maioria das palavras que escrevo são de descontentamento, sempre a queixar-me ou a lamentar-me. Estou no entanto mais optimista e a lutar por melhores dias, consciente claro que se trata de uma árdua tarefa. Se por vezes me acomodo e sei que a vida é assim mesmo, em alguns momentos tenho vontade de fugir… mas isso está fora de questão! A vida é um desafio, desistir nunca foi o meu lema!

terça-feira, agosto 29, 2006

A Noite e a Metafísica

Científicamente define-se a Noite como o período ocorrido durante a rotação da Terra, conhecido como dia em que não é recebida a luz do Sol, uma determinada região encontra-se na parte escura do planeta ou seja, é o período do dia compreendido entre o pôr e o nascer do sol. O seu período de duração varia consoante a estação do ano e o local da Terra onde se encontra: é maior no inverno e menor no verão; maior nos pólos, menor nos trópicos.

Por outro lado, a Metafísica é um ramo da filosofia
que estuda o mundo como ele é. A saber, é o estudo do ser ou da realidade e ocupa-se em procurar responder a perguntas tais como:

- O que é real?

- O que é natural ou sobre-natural?

O ramo central da metafísica é a ontologia
, que investiga em quais categorias as coisas estão no mundo e qual a relação destas coisas entre si. A metafísica também tenta esclarecer as noções de como as pessoas entendem o mundo, incluíndo a existência e a natureza do relacionamento entre os objectos e as suas propriedades, espaço, tempo, casualidade e possibilidade. Em resumo, a Metafísica trata de problemas sobre o propósito e a origem da existência e dos seres, uma especulação em torno dos primeiros princípios e das causas primeiras do ser.

William James, teólogo Swedenborgiano notavelmente excêntrico, definiu algures a Metafísica como "apenas um esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza". Pensar metafisicamente é pensar, sem arbitrariedade nem dogmatismo, nos mais básicos problemas da existência. Os problemas são básicos no sentido de que são fundamentais, de que muita coisa depende deles. O pensamento metafísico é difícil, e com efeito, seria provavelmente válido afirmar que o fruto do pensamento metafísico não é o conhecimento, mas o entendimento. As interrogações metafísicas têm respostas e, entre as várias respostas concorrentes, nem todas poderão ser verdadeiras...

Certo dia Aristóteles disse: "Procurar a prova de assuntos que já possuem evidência mais clara do que qualquer prova pode fornecer é confundir o melhor com o pior, o plausível com o implausível e o básico com o derivativo," (Física, Livro VIII, Cap. 3 ). Um problema metafísico surge quando se verifica que tais dados não parecem concordar entre si, que têm aparentemente, implicações que não se revestem de coerência entre si. A tarefa, então, é encontrar alguma teoria adequada à remoção desses conflitos.


O intelecto do homem não é tão forte quanto a sua vontade, e os homens, geralmente, acreditam no que querem acreditar, particularmente quando essas crenças refletem o mérito próprio entre os homens e o valor de seus esforços. A sabedoria não é, pois, o que os homens buscam em primeiro lugar, procuram uma justificação para aquilo em que crêem seja o que for.

Moral da História: De Noite sou Metafísico!

terça-feira, maio 23, 2006

Tudo o que acontece, acontece por bem...

Era uma vez um rei, num país distante, que tinha um conselheiro, o qual estimava muito.
O conselheiro era muito sábio e costumava dizer sempre, a propósito de algo q acontecesse, "Tudo o que acontece, acontece por bem". Um dia, ao descascar uma peça de fruta, o rei cortou a cabeça do dedo mindinho da mão esquerda.
Como podia ser um sinal, foi falar com o conselheiro:
- Já viste? Já viste o que me aconteceu? Fiquei sem a ponta do dedo mindinho! A descascar fruta!
- Tudo o que acontece, acontece por bem, vossa Majestade... - respondeu o sábio.
Desta vez, fosse lá por que fosse, o rei não achou muita piada às sábias palavras do estimado conselheiro e mandou-o para as masmorras do palácio. Quando fecharam a porta da cela, o conselheiro murmurou:
- Tudo o que acontece, acontece por bem...
No dia seguinte o rei foi à caça e perdeu-se da corte ao perseguir um veado.
Como entretanto tinha caído a noite, resolveu acomodar-se debaixo duma enorme árvore e procurar o caminho na manhã seguinte. Era noite de lua cheia e também o solestício de Verão, data marcada pelos astros para realizar um sacrifício humano a uma deusa. As sacerdotizas dessa seita andavam à procura duma vítima e quem é que elas encontraram? Nem mais nem menos do que o nosso adormecido monarca. Amarraram-no e levaram-no à presença da Alta Sacerdotisa, para que esta pudesse inspeccionar detalhadamente a oferenda antes do sacrifício:
- Então vocês trazem-me um ser IMPERFEITO para sacrificar à grande deusa??? Como se atrevem? - rugiu a sacerdotiza.
- Imperfeito? Mas ele é o rei... - balbuciaram as caçadoras.
- Rei ou não rei, este ser está incompleto! Falta-lhe a cabeça do dedo mínimo! Não é digno de ser sacrificado à grande Deusa.
E foi assim que sua Majestade foi libertado e conseguiu chegar ao seu palácio na manhã seguinte.
A primeira coisa que fez foi mandar libertar o conselheiro:
- ...e vê lá tu! Não fôra o meu dedo cortado, não estaria aqui hoje. Afinal sempre tinhas razão e devo-te uma desculpa.
- ... ... Mas espera, quando te prenderam, também disseste o mesmo. Explica-me lá porque é que foi bom teres ido para as masmorras...?
- Bom, vossa Majestade sabeis como ando sempre convosco quando ides caçar. Se não me tivésseis mandado encarcerar, eu ontem teria ido caçar convosco. Ter-me-ia perdido juntamente convosco e teria sido capturado juntamente convosco. Vós terieis sido libertado de qualquer modo, mas vede, vossa Majestade, eu sou um ser completo, não me falta nenhum bocado e não teria regressado convosco esta manhã!

terça-feira, março 28, 2006

Animigo...

Gosto tanto de ti... Sim! Sei que sou masoquista, sei que me matas... que me consomes de varias maneiras. Mas não te consigo deixar, ou melhor já tentei mas ainda não consegui! Porque gosto tanto de ti? Será porque és o meu amigo mais fiel? Aquele que, apesar de ter de te pagar está sempre presente... presente para me confortar e dar prazer? Já varias vezes tentei deixar-te... todo o mundo diz para te deixar... até existem leis que me proibem de estar contigo! És a minha companhia quando estou sozinho... quando sinto solidão... quando estou nervoso. És o amigo de muita gente que conheço, e no entanto o maior inimigo da minha mãe! És o unico amigo que permito que partilhe a casa de banho quando estou a cagar... não te digo para saires e fechar a porta! Sim! Sei que também não cheiras nada bem, mas ainda assim gosto de ti... Gosto da tua companhia a seguir ás quecas... para me dizeres: Foste o maior... ou então: Fraquinho... Mas sabes? Estás sempre lá... a consumir-me e a dar-me prazer... desde que pague a alguém ou a alguma máquina para te ter perto de mim... perto da minha boca! Entras em mim a queimar-me minutos? anos de vida? E ainda assim continuo a amar-te... A nossa relação será do tipo "até que a morte nos separe", ou sabes que me vais matar? Tem alturas em que te odeio, principalmente quando vejo aquilo que me custas... quando me fazes tossir... mas ainda assim não consigo deixar de gostar de ti! Não sei se algum dia vou conseguir que te afastes da minha vida... mas começo seriamente a pensar nisso... até lá continua assim a dar-me prazer e a matar-me! Amo-te... odeio-te!

quinta-feira, março 16, 2006

Silêncio

Ficamos sentados em silêncio a observar o mundo à nossa volta. Levou-nos uma vida a aprender isto. Parece que os velhos são capazes de ficar sentados um ao lado do outro sem dizerem nada e ainda assim ficam satisfeitos. Os jovens, activos e impacientes, têm sempre que quebrar o silêncio. É um desperdício, porque o silêncio é puro. O silêncio é sagrado. Une as pessoas porque só os que se dão bem uns com os outros se podem sentar juntos sem falar. É este o grande paradoxo...

quarta-feira, março 15, 2006

Meu espaço virtual

Á semelhança de outros, também cheguei á onda do Blog! Apesar de há muito tempo dispôr de um espaço próprio na NET, concretamente http://costa2k.com.sapo.pt ; esta será uma forma diferente de estar presente... Irei concerteza partilhar ideias e assim saber opiniões alheias...