terça-feira, maio 27, 2008

Xixi do cérebro (sonhos)

Durante leitura de um livro de Margarida Rebelo Pinto, achei bastante curiosa esta “comparação” para definir os sonhos. Aliás, outra coisa não seria de esperar de Miguel Esteves Cardoso (MEC), o mentor da dita. Tudo isto porque a noite passada fartei-me de sonhar e lembro-me bem de acordar em sobressalto…

Dizem, pelo menos lembro-me de já ter ouvido, que sonhamos sempre que dormimos. No entanto, nem sempre nos lembramos de ter sonhado. Também, por curiosidade, reparei que existe, em livros ou na internet, matéria sobre o “Significado dos Sonhos”.

O primeiro dos sonhos terminou comigo a sair a porta de um táxi, preto, tipo Mercedes 190. Um daqueles que, pelo menos, já deu a volta uma vez. Sei que me deitei no banco traseiro apenas para sentir o seu cheiro, aquele aroma característico. A porta, ao fechar-se, emite aquele estalido repugnante de um insecto a ser “pisado”. Assim aconteceu quando a porta se fechou e onde o dito se “entalou”. Quando pouso o meu pé no chão, sinto uma aranha de dimensão razoável, preta e peluda, bem entre o meu pé e o chinelo. Lembro-me bem da minha aflição, sentindo aquele toque nervoso, assim ao de leve, vocês sabem como é… e abanar o pé para tentar afastar a dita sem a esmagar… quando acordo! Logo percorrendo com os meus pés bem no fundo dos lençóis á procura de alguma coisa estranha. Felizmente nada senti e creio que adormeci logo de seguida.

O segundo foi mais aflitivo, ainda mais assustador! Como palco dos acontecimentos podem imaginar uma antiga fábrica, estaleiro ou um qualquer local abandonado, onde apenas existiam recobros, monos, restos de edifícios e barreiras em placas de zinco. Lembro-me que estava com a minha mulher e filha, sem saber qual a razão. Outras pessoas também circulavam pelas imediações, tudo um pouco estranho. Ao virar uma esquina avisto ao longe os felinos, tamanho XL, atacando um carro velho, que estranhamente parecia um brinquedo rolando por entre as suas garras. A minha mulher vinha mais atrás e já não sabia dela. Quando recuo para a avisar aparece um leão, também tamanho XL, que rapidamente investe sobre mim e a minha filha. Instintivamente, coloco a minha filha aos ombros e começo a subir o que resta de uma estrutura qualquer, tipo contentor. Ao mesmo tempo procuro a minha mulher… quando acordo! Fico satisfeito por acordar, era mau demais e a volta á realidade deixa-me satisfeito. Antes de voltar a adormecer agendo uma verificação de resultados, ou significados, destes terríveis sonhos. Foi uma noite de xixi… muito ácido por sinal.

Na internet procuro aranhas e leões, onde encontro a seguinte informação quando se sonha com animais:

Aranha - Seu sucesso dependerá do seu esforço. Cuidado no trato com mulher. Sorte: cobra.

Leão - Protecção de alguém poderoso. Grande força em todas as situações. Sorte: leão.

Admito que não fico indiferente aos sonhos, apesar de terem para mim uma importância efémera. Quanto ao suposto(s) significado(s) nem sei o que pensar. Apenas fiquei curioso quanto á “protecção de alguém poderoso”… quem será?

quarta-feira, maio 21, 2008

Os homens não são caçadores?

Perguntou-me hoje uma amiga se nós (homens) somos caçadores.

Fiquei curioso pois já não é a primeira vez que me questionam acerca deste assunto. A minha resposta imediata foi: “… sim... tal como as mulheres... mas estas mais subtis!”.

Depois rebati com: “… somos como os animais... andamos sempre a observar... a sentir desejo... mas temos consciência e regras... uns deixam-se ir na onda e são verdadeiros predadores... outros seguem as regras...”.

Acrescentei ainda: “… é verdade... o amor e o respeito... são muito importantes... mas na realidade andamos uns com os outros... em plena e harmoniosa orgia...”.

Somos humanos! No meu ponto de vista todos temos as mesmas capacidades, ou seja, sermos por opção os predadores ou as presas. Somos (nem sempre) civilizados, seres competidores, mas ao contrário dos restantes animais, e por regra, não o fazemos por uma questão de alimentação ou mera sobrevivência, falando de vida ou morte. Até o fazemos, mas de outra forma, não seguindo o ritual equilíbrio da cadeia da natureza. Segundo algumas definições:

“… O ser humano pode ser definido em termos biológicos, sociais e consciência…”.

“…O ser humano é uma espécie eminentemente social. Criam estruturas sociais complexas, compostas de muitos grupos cooperantes e competidores.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Acho que a principal e verdadeira competição, aquela que todos nós estamos a jogar, é mesmo a da procura da felicidade. E neste campo, somos predadores ou presas, consoante as nossas necessidades e a nossa consciência. É a “natureza” a actuar na sua essência mais pura, isenta de condições sociais e morais. É a nossa resposta para sobreviver dentro da complexa sociedade que criámos. Não somos máquinas… temos sentimentos!

terça-feira, maio 20, 2008

Quem és tu?

Sim! Quem és tu? Maldito sejas com a tua insistência intolerante e desrespeitadora da paz alheia. Será preciso morrer para te calar? Vais continuar a perseguir-me mesmo no mundo das almas? Faz-te á vida animal doente e peganhoso… reles! A tua mesquinhez é tão absurda que já não te consigo aturar nem mais um segundo. Detestas que te esqueça e sempre arranjas forma de ressuscitares a tua miserável presença. Mas olha! Um dia irei acabar por te esquecer de vez e voltar a sentir a paz de quem não atura presenças peçonhentas assim como tu! Tens vagueado a teu belo sabor e não tens pena de nada nem de ninguém. És de tal forma cruel ao pensares que tens algum crédito e que vais conseguir vencer-me. Abanas-me… atrapalhas-me… desrespeitas-me… mas não sabes com quem te estás a meter! Tudo tem um fim, sabes que um dia também te vais não é? A história que deixaste escrita e lacrada no tempo será substituída por uma grande festa quando morreres e jamais serás recordado! Vai-te!

quinta-feira, maio 15, 2008

O que define a felicidade?

Sim… o que define a felicidade? Sermos felizes depende realmente de que factores? Da saúde, do amor, da realização profissional, do dinheiro, ou simplesmente do somatório de todos estes e muitos outros factores que não enunciei? Teremos de ser obrigatoriamente 100% felizes? Há quem seja feliz com nada, já outros são infelizes e têm tudo, ou pensam (pensamos) que têm tudo. De uma coisa tenho bem a certeza, sei que se sente, sermos ou não felizes, o que me faz pensar se afinal nenhum factor entra na equação. Mais uma vez, a essência de cada um de nós, está directamente ligada também á felicidade. Existem aqueles que são felizes com pouco, já outros andam sempre infelizes com muito, com pouco, ou mesmo com nada. Chamam aos últimos os eternos insatisfeitos. Na equação da felicidade, onde os números são substituídos pelo fio da vida, existem acontecimentos únicos para cada um, positivos e/ou negativos. O resultado da equação, onde cada um pretende maximizar o nível de felicidade, depende do fio da vida e dos acontecimentos, positivos e/ou negativos. No entanto, tal como acontece com os números, existem factores de erro. O erro está contemplado no mundo da matemática, é estudado no sentido de o eliminar. A tarefa (penso) está longe de ser conseguida, o erro é contemplado em “margens” e o infinito fará sempre parte desta equação. Na equação da vida penso que o infinito é representado pelo nosso sub-consciente, sendo o mesmo a máquina que calcula o valor final… o sentimento que se sente. O resultado da equação é dado e sentido, no entanto não nos é facultado, por muito que queira-mos, o desenrolar do algoritmo. Ai poderíamos verificar onde ocorre o erro… se é que ele existe realmente! Ou então, sabendo o erro... que valor colocar? É por esta, e por outras, que a matemática nunca me fascinou…