quinta-feira, maio 15, 2008

O que define a felicidade?

Sim… o que define a felicidade? Sermos felizes depende realmente de que factores? Da saúde, do amor, da realização profissional, do dinheiro, ou simplesmente do somatório de todos estes e muitos outros factores que não enunciei? Teremos de ser obrigatoriamente 100% felizes? Há quem seja feliz com nada, já outros são infelizes e têm tudo, ou pensam (pensamos) que têm tudo. De uma coisa tenho bem a certeza, sei que se sente, sermos ou não felizes, o que me faz pensar se afinal nenhum factor entra na equação. Mais uma vez, a essência de cada um de nós, está directamente ligada também á felicidade. Existem aqueles que são felizes com pouco, já outros andam sempre infelizes com muito, com pouco, ou mesmo com nada. Chamam aos últimos os eternos insatisfeitos. Na equação da felicidade, onde os números são substituídos pelo fio da vida, existem acontecimentos únicos para cada um, positivos e/ou negativos. O resultado da equação, onde cada um pretende maximizar o nível de felicidade, depende do fio da vida e dos acontecimentos, positivos e/ou negativos. No entanto, tal como acontece com os números, existem factores de erro. O erro está contemplado no mundo da matemática, é estudado no sentido de o eliminar. A tarefa (penso) está longe de ser conseguida, o erro é contemplado em “margens” e o infinito fará sempre parte desta equação. Na equação da vida penso que o infinito é representado pelo nosso sub-consciente, sendo o mesmo a máquina que calcula o valor final… o sentimento que se sente. O resultado da equação é dado e sentido, no entanto não nos é facultado, por muito que queira-mos, o desenrolar do algoritmo. Ai poderíamos verificar onde ocorre o erro… se é que ele existe realmente! Ou então, sabendo o erro... que valor colocar? É por esta, e por outras, que a matemática nunca me fascinou…

9 comentários:

Anónimo disse...

Amigo... eu também muitas vezes me deparei com todas as questões que tu colocaste... Muitas vezes senti-me frustrada, pequena e impotente para encontrar o “meu” caminho de felicidade. Pode até ser que para o comum dos mortais, o “caminho certo” seja encontrado através de uma equação, afinal, “tudo” se explica matematicamente...
Mas não foi na ciência ou nos caminhos humanos que eu encontrei o que me faz sentir completa.... o que me faz sentir certezas inexplicáveis... a verdadeira felicidade senti quando aceitei Jesus como Senhor e Salvador da minha alma... Recebi o Espírito Santo, o selo da minha salvação! Agora tenho a protecção daquele que me guarda, ainda que eu ande nos vales da sombra e da morte, o grande “Eu Sou!”, o Alpha e o Ómega, o ÚNICO que é omnisciente, omnipotente e omnipresente, o Altíssimo que colocou a Sua Glória nos Céus!

Tal como David, canta em Salmos, o Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo, em quem me refúgio; o meu escudo, a força da minha salvação, e o meu alto refúgio. O Senhor me recompensará conforme a minha justiça, retribuir-me-á conforme a pureza das minhas mãos. Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos. A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples. Os preceitos do Senhor são rectos, e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e alumia os olhos. O temor do Senhor é limpo, e permanece para sempre; os juízos do Senhor são verdadeiros e inteiramente justos. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o que goteja dos favos. Em Deus está a minha salvação e a minha glória; Deus é o meu forte rochedo e o meu refúgio.

Quem não conhece o verdadeiro Deus, de certeza que não me irá entender... nem eu entendia antes de ter experimentado...

Joaquim Costa disse...

Aprecio o comentário! Mas não está na minha essência, pelo menos até agora, considerar as respostas divinas. O refúgio na fé é para muitas pessoas uma salvaguarda e um fio condutor das suas vidas. Eu também tenho fé… a minha! Muito á minha maneira, com respeito e devoção q.b. No entanto reconheço que por vezes não ligo muito ás vozes… aquelas que por vezes dizem aquilo que não quero ouvir!

Anónimo disse...

Respeito o teu comentário à minha opinião. Para mim, as pessoas que se refugiam em Deus, não são fracas, mas sim, sábias, pois entregam nas mãos do Altíssimo as suas vidas. Porque por mais que queiramos através da ciência ou outros meio explicar o inexplicável, é mais que certo que Deus existe. Quando eu vejo uma pegada (de Ser Humano) na areia da praia, eu não preciso de ter visto a pessoa para ter a certeza que ela passou lá... o mesmo posso dizer em relação a Deus. Eu não preciso de provar que Ele existe, pois a Sua presença está em todo o lugar. Foi Ele que criou tudo o que existe, as árvores, os animais, o mar, o céu, tudo! Até as minhas mãos que estão a escrever este comentário. Mas tu, no final do teu comentário, disseste e muito bem... se calhar não queres ouvir as vozes porque se calhar dizem coisas que tu não queres ouvir, e eu acrescento, tu não as gostas de ouvir mas tens a certeza que estão certas. A VOZ de DEUS incomoda muita gente , porque quem a ouve, inevitavelmente tem de tomar decisões de mudar ou não a sua vida. Essa escolha é que vai ditar a tua eternidade. Sabes ... é doloroso moldarmo-nos à Palavra do Senhor, tudo dentro de nós muda. Temos de quebrar tudo dentro de nós para começarmos de novo. E isso custa... oh se custa! Mas o resultado final em muito compensa essa fase.

Eme disse...

Hum, que debate interessante aqui em cima...

o que define felicidade? És mesmo tu à procura das respostas na tua cabeça. Eu respondia: TUDO e NADA. É mesmo como dizes, uns afirmam-se felizes por terem tudo; Outros afirmam-se (raríssimos) felizes por terem nada. O que prova que a felicidade não passa de um estado de espírito e não de uma soma de circunstâncias que se resume à satisfação de desejos. Querer ter status, relações fugazes e efêmeras, coisas fúteis que trazem um suposto sentimento de bem-estar não é felicidade, apenas um estado alegre momêntaneo.
A felicidade mais importante, a verdadeira é a mais díficil de alcançar: ´não existe em lugar nenhum senão dentro de nós próprios, e depende da atitude interior que nos aporta a serenidade, e porque assenta em algo importante e significativo terá um tempo duradouro. Há sempre algo que se atravessa no caminho de cada pessoa, mas nenhuma delas é impedimento ao alcance da felicidade. O problema é que depende das opções e da força de cada um. Pessoalmente não me preocupa procurar o conceito de felicidade, é algo de subjectivo; não me sinto infeliz, não sinto absolutamente nenhuma infelicidade. Onde está o segredo? Talvez na simplicidade e na auto estima, na vontade e na realização de causas altruitas, no ter montanhas de histórias para viver e contar. E o resto não passa de conversa..
Olha, sei lá.. preocupas-te demais como sempre. Deixa fluir!

Beijo para ti

(PS: não viste a matemática pelo lado certo :) ]

Anónimo disse...

Amigo, descubro agora o teu blog e, uma vez mais, com sincera admiração, felicito-te pela tua capacidade de reflexão, personalidade, assertividade.
Pois, a felicidade não se explica pela ciência (a história das sinapses e das endorfinas é treta...), muito menos pela matemática (e ainda bem...).
Talvez seja uma arte.
A vida às vezes é como um cobertor demasiado pequeno, mas alguns dobram os joelhos e passam uma noite confortável.Outros não.
É mais um daqueles mistérios insondáveis da vida, ou se tem ou não se tem, constroi-se todos os dias, a partir de coisas simples e pequenas.
São felizes os que vêem sempre o copo meio cheio e nunca meio vazio. Os que valorizam e apreciam a "água" que têm; são infelizes os que só vêem a "água" que não têm e esquecem que o que têm, pouco ou muito, afinal é maravilhoso...

Desejo que o teu copo esteja sempre cheio.

Teresa

Joaquim Costa disse...

Agradeço os comentários de M. e da Teresa! As vossas palavras vão ao encontro daquilo que também eu penso. È de facto um estado de espírito e não tem de ser mensurável… mal se assim fosse não é? Por vezes, e penso que cada um á sua maneira, damos valor a coisas que são insignificantes, ou têm valor relativo. Se calhar, a espaços, esqueço-me de simplesmente deixar fluir e acabo também por esquecer-me da preciosa água que tenho…

Bruno disse...

Meu amigo, eu tenho 14 anos moro com minha mãe e meu padrasto tenho uma casa grande, video-game, internet, poucos amigos mas em certos momentos eu fico feliz esses momentos sao quando estou com meus amigos.
Em minha casa eu nao sinto uma gota de felicidade, eu sintia muito tédio mas agora eu sinto é tristeza.
Minha mãe quer me por em um internato, eu estou louco para ir lá por que aqui eu não tenho nada a fazer e com quem a conversar.
Acho que indo para lá ficarei mais feliz. Bom isso nao foi um comentário mas sim um grande desabafo para mim muito obrigado!

Joaquim Costa disse...

O último comentário, ou melhor, o desabafo do Bruno deixou-me muito comovido. Não esperava hoje chegar aqui e ouvir estas palavras de um rapaz de 14 anos. São palavras muito sentidas, denotam um sofrimento silencioso (penso) e ditas com grande sentido de maturidade. Tenho uma filha que fez recentemente 7 anos, sei que não sou um pai perfeito mas sinto que lhe dou amor e carinho. Lamento a sua situação mas a vida por vezes surpreende-nos. Quem sabe um destes dia volta aqui e tudo mudou? Para melhor? Faço votos para que isso aconteça! Abraço e boa sorte...

Anónimo disse...

... Também gostava de ter uma lista de coisas que, quando as conseguir, me fizessem eternamente feliz.
2 problemas: 1º se conseguisse isso cristalizava/morria; 2º As condicionantes do eu-hoje, podem me fazer querer algo que amanha sera relaivo e vice versa.
Não há Felicidade. Felicidade é abdicar/morrer. Ser se feliz é químico. Somos máquinas transportadoras de genes, só não podemos ser suficientemente infelizes que nos tornemos auto destrutivos senao a especie nao existia. Não ha a suprema felicidade. há neurotransmissores. Podemos cumprir todos os designios auto propostos a curto/medio/longo prazo e sermos infelizes.
Esta discussao so existe porque nao estamos a caçar. Não há deus nem eterno nem romantismos. Há a morte. Deus podia ternos feito imortais, podia ternos feito deuses também, podia ternos feito incorrompíveis. porque tivemos nos de ser testados, nao sabia já ele que iriamos falhar? não somos um erro dele?