quarta-feira, junho 11, 2008

Gratuitamente com alguns custos


Habitualmente costumo agradecer a primeira visita ao meu blog, faço-o retribuindo o gesto e comentando um “post” que ache conveniente. Tudo serve para arranjar um tema ou motivo de escrita, um click, queixa, recomendação ou simples inspiração. Numa destas visitas comentei uma queixa, um lamento real de quem sentiu na pele, ou na alma, a exposição da sua vida privada a terceiros. Surgiu assim a ideia deste post.

Este mundo virtual, este novo meio de comunicação e esta nova era da sociedade, permite-nos a liberdade de expor ou nos expormos da forma que quisermos. Aqui encontra-se de tudo um pouco, resultado e reflexo da sociedade na sua forma mais pura e natural. Se para uns (onde penso enquadrar-me) manter virtualmente a sua própria essência é fundamental, já outros apostam numa abordagem bem diferente, onde desconhecemos o que são ou pretendem ser. Uns e outros convivem neste novo mundo, têm os mesmos problemas de comunicação, tal e qual acontece no mundo real. Se uns constroem e aproveitam este espaço para procurar respostas, obter sabedoria e conhecimento, da mesma forma real outros destroem e dão a conhecer a outra face, a ignorância e um perfeito mal estar com a sociedade. Com uns e outros acabamos por aprender alguma coisa, resta-nos dissecar toda a informação que recebemos e aproveitá-la como uma dádiva.

Sendo assim, gratuitamente, expomos e expomo-nos ao mundo, recebendo dele o melhor e o pior, o pretendido ou o indesejado, a verdade ou a mentira, mas… o real. Os custos são bem reais, provocam as nossas emoções, a nossa resposta ás respostas que nos vão chegando, desconhecendo muitas vezes quem é o remetente e o que realmente pretendem. O retorno pode causar indignação, frustração e outros tantos sentimentos indesejados, mas também causa sentimentos de pura felicidade, conforto, paixão e outros tantos que nos fazem sentir bem.

Há quem desista, desligue ou ignore tudo, sendo o acto sempre mais fácil. Já outros insistem, lutam, combatem, optam por continuar a obra a que se propuseram. A esses felicito a determinação pois penso que os blogs são uma mão estendida ao mundo, não só para procurar respostas, também para as dar. Eu faço isso, procuro algumas respostas ou pontos de vista. Aprendi que nada nesta vida é “grátis” e aqui o preço a pagar é a exposição, quer queiramos quer não. Também sei que vou por este meio receber o que pretendo, a sabedoria, mas irremediavelmente também estou ciente que terei de receber a hipocrisia e a ”caca” da sociedade. Mesmo expondo e expondo-me opto por seguir em frente, penso ser o melhor caminho e parar ou abandonar é dar a vitória aos fracos.

quarta-feira, junho 04, 2008

O Sexo e a Cidade


Gostaria de deixar aqui a minha homenagem a esta especial e mítica série televisiva! Claro que gostaria ainda mais de o fazer pessoalmente, principalmente á actriz Kim Cattrall (Samantha Jones), que tantas vezes me deixou com água na boca. Á minha maneira, tal como eu gosto, a vida real exposta na sua forma mais pura. As diferenças, interesses, gostos, e muitos outros atributos dos quais se alimentam as relações, quer por simples amizade, quer pela mais arrebatadora das paixões. Sendo interpretada (e bem) quer pelas actrizes principais, quer por todos os outros protagonistas, a série tornou-se um vício e um hábito em determinado período da minha vida. Nem mesmo alguma (pretensa) critica aos homens em geral me dissuadiu de adorar a série. Saiu recentemente o filme onde estão todos presentes, certamente não vou perder mais esta oportunidade de rever/sentir o elixir de outros momentos. Até lá fica com saudade a habitual premissa:

Carrie Bradshaw trabalha como colunista de um jornal onde relata histórias sobre relações interpessoais e sexuais. Carrie vive em Manhattan, Nova Iorque. Conta sempre com as suas três amigas: Samantha Jones, a típica loura fatal que trabalha como relações-públicas e está sempre atrás de um bom partido sem compromissos; Charlotte York, que trabalha numa galeria de artes, e é a romântica e sensível que busca sempre longos relacionamentos, embora nunca consiga ter um; e Miranda Hobbes, advogada, racional, e a mais prática de suas amigas, sempre sabendo o que quer da vida (ou quase isso).

As mulheres:

Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker): A artista principal e especial, uma mulher que estimula em nós (homens) uma simpatia automática. A mais equilibrada e aquela que representa o tipo de mulher que mais aprecio.

Charlotte York (Kristin Davis): Muito bonita e elegante. Mas não faz nada o meu género, não aprecio muito a educação de classe média-alta, conservadora e tradicionalista.

Miranda Hobbes (Cynthia Nixon): Fria e calculista, muito durona e forte. De longe aquela que representa a perspectiva mais cínica relativamente aos homens e às relações. Passou-me sempre ao lado.

Samantha Jones (Kim Cattrall): A mais velha do grupo, a mais apetecida e a mais sedutora. Uma daquelas mulheres com que nenhum homem se importava de esbarrar um dia.

O homem:

Gostaria também de deixar uma especial homenagem ao “nosso” defensor Mr. Big (Chris Noth). Não se trata assim uma mulher… muito menos a nossa Carrie. Muita distinção e uma presença invejável, digna mesmo de mentor, tal e qual manual de “como tratar com/as mulheres”.

terça-feira, junho 03, 2008

Memórias esquecidas

Será possível “esquecermo-nos” da(s) nossa(s) memória(s)?

Sempre ouvi dizer que toda a nossa vida, todos os momentos, estão gravados no nosso cérebro. Serão mesmo, analogicamente, a base de dados pela qual respondemos e reagimos aos requisitos da vida. Na realidade, ou melhor, na generalidade, penso que todos nós gostaríamos de esquecer os “maus momentos” e, contrariamente, recordar sempre os “bons momentos”. Certamente não seria nada agradável se tudo fosse cor de rosa, qual seria então o sentido de viver?

No mundo da ciência podemos encontrar algumas respostas:

“… Memória é a capacidade de reter, recuperar, armazenar e evocar informações disponíveis, seja internamente, no cérebro (memória humana), seja externamente, em dispositivos artificiais (memória artificial). A memória humana focaliza coisas específicas, requer grande quantidade de energia mental e deteriora-se com a idade…”

“… segundo diversos estudiosos, é a base do conhecimento. Como tal, deve ser trabalhada e estimulada. É através dela que damos significado ao quotidiano e acumulamos experiências para utilizar durante a vida…”

“…existem diversos factores relacionados com a perda de memória…”

“… amnésia é a perda parcial ou total da capacidade de reter e evocar informações…”

“… ou amnésia psicogênica resultante de factores psicológicos que inibem a recordação de certos factos ou experiências vividas. Em linhas gerais, a amnésia psicogênica actua para reprimir da consciência experiências que causam sofrimento, deixando a memória para informações neutras intacta. Neste caso, pode-se afirmar que a pessoa decide inconscientemente esquecer o que a faz sofrer ou reviver um sofrimento. Em casos severos, quando as lembranças são intoleráveis, o indivíduo pode vivenciar a perda da memória tanto de factos passados quanto da sua própria identidade…”

“… a depressão é a causa mais comum, porém a menos grave. Denomina-se depressão uma doença psiquiátrica, que inclui perda do ânimo e tristeza profunda superior ao mal causado pelas circunstâncias da vida…”

“… doença de Alzheimer, doença de Parkinson, a relação entre a memória e o olfato…”

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


De facto, pode até ser verdade que possamos esquecer as nossas memórias, quer seja por muito querer (se é que isso é possível), quer seja por qualquer um dos factores acima descritos. No entanto, tirando as causas por doença, a verdade é que a qualquer momento, em qualquer local, o recurso ou a chamada ás memórias, pode alterar o rumo das nossas vidas. Podemos não ter acesso a elas, mas elas estão presentes, gravadas. Apenas nos esquecemos delas… até um dia!