Isso mesmo… já lá vão 38 anos, aninhos, primaveras, etc. Começa a despedida aos intas e a chegada aos entas. Entre outras tantas coisas associadas a este dia especial, em que o próprio reflecte as diferenças da idade, nesta fase começa-se a pensar no que já foi e no que será a partir daqui. A habitual festa mantém-se, no entanto mais ténue e mais suave… sem exageros. Falando no meu caso pessoal, já com família formada, mulher e filha, a responsabilidade aumenta e os pensamentos já não são sonhadores mas sim realistas. Sinceramente penso estar um pouco a meio da minha vida terrena, supondo que poderá existir a continuação do meu “EU” espiritual. Não estou triste, nem sequer melancólico, tão pouco a ficar lamechas, apenas reconheço que os anos passam e já começo a dar conta disso. Já não me sinto um jovem, sei que já não sou jovem, já não me tratam como jovem, mas sinto-me bem. O amadurecimento e o conhecimento adquiridos compensam algumas variantes já em fase descendente, afinal a vida é um binómio entre o físico e a alma. Alguns sonhos, vontades e exageros começam lentamente a trocar posições com algumas realidades, sacrifícios e acomodações… não o posso negar. Ainda não sinto nos ossos as manias do tempo, nem consigo decifrar se chove por um simples olhar do céu ou dos pássaros. Reconheço que começo a admirar o silêncio e a barulheira já não me é indiferente. Sempre adorei o meu sofá, mas esse amor está a aumentar exponencialmente. Começa a preocupar-me não fazer desporto, não alimentar-me de forma saudável, fumar meio maço de tabaco por dia. Penso no futuro e isso é inevitável, no fundo quero como toda a gente, ter boa qualidade de vida, sem sofrimentos físicos ou outros. Mas a minha norma é deixar fluir e ir vivendo, dia após dia, batalha após batalha, lutar sempre pelo melhor para mim e para os que me rodeiam.
terça-feira, março 24, 2009
Subscrever:
Mensagens (Atom)