terça-feira, março 24, 2009

Aniversário.


Isso mesmo… já lá vão 38 anos, aninhos, primaveras, etc. Começa a despedida aos intas e a chegada aos entas. Entre outras tantas coisas associadas a este dia especial, em que o próprio reflecte as diferenças da idade, nesta fase começa-se a pensar no que já foi e no que será a partir daqui. A habitual festa mantém-se, no entanto mais ténue e mais suave… sem exageros. Falando no meu caso pessoal, já com família formada, mulher e filha, a responsabilidade aumenta e os pensamentos já não são sonhadores mas sim realistas. Sinceramente penso estar um pouco a meio da minha vida terrena, supondo que poderá existir a continuação do meu “EU” espiritual. Não estou triste, nem sequer melancólico, tão pouco a ficar lamechas, apenas reconheço que os anos passam e já começo a dar conta disso. Já não me sinto um jovem, sei que já não sou jovem, já não me tratam como jovem, mas sinto-me bem. O amadurecimento e o conhecimento adquiridos compensam algumas variantes já em fase descendente, afinal a vida é um binómio entre o físico e a alma. Alguns sonhos, vontades e exageros começam lentamente a trocar posições com algumas realidades, sacrifícios e acomodações… não o posso negar. Ainda não sinto nos ossos as manias do tempo, nem consigo decifrar se chove por um simples olhar do céu ou dos pássaros. Reconheço que começo a admirar o silêncio e a barulheira já não me é indiferente. Sempre adorei o meu sofá, mas esse amor está a aumentar exponencialmente. Começa a preocupar-me não fazer desporto, não alimentar-me de forma saudável, fumar meio maço de tabaco por dia. Penso no futuro e isso é inevitável, no fundo quero como toda a gente, ter boa qualidade de vida, sem sofrimentos físicos ou outros. Mas a minha norma é deixar fluir e ir vivendo, dia após dia, batalha após batalha, lutar sempre pelo melhor para mim e para os que me rodeiam.

4 comentários:

Anónimo disse...

Em resposta à eloquente reflexão sobre o teu percurso pessoal, só posso dizer que tens todos os motivos para te orgulhares do caminho percorrido, do saber adquirido. Do que conheço de ti, penso que cedo decidiste o que querias fazer da tua vida, projectaste, sonhaste, e cumpriste. Com esforço, luta e dedicação. Sem nunca abdicares das tuas convicções, dos teus princípios. Os "edifícios" que ergueste, sólidos e belos, testemunham o teu êxito.
Mas a subida dos degraus da idade só te levam até mais perto do futuro.Porque as realidades de hoje são os sonhos de ontem. E o "tempo de sofá", (eu também adoro...)não é uma rendição, é
apenas o "descanso do guerreiro", o encontro de cada um de nós consigo próprio.
Sei que, no equilíbrio entre liberdade e responsabilidade, sacrifício e vontade, saberás sempre reeencontrar o teu espaço de sonho, a tua realidade de amanhã, o teu espaço, o teu tempo de Felicidade.

Hazel Evangelista disse...

Olá!
Gosta de música dos anos 80?
Passe pelo meu blog, pois tenho lá uma festa a decorrer até Domingo à noite.
Está convidado!

Um abraço!

Eme disse...

Pronto lá me convenceste e comecei por aqui, devagar, que ali em cima há textos de tamanho assustador meusdeuzes... sabia muito de ti, agora que escreves que te desunhas desconhecia.

E isto foi apenas mais um passo no caminho da maturidade que já tomaste há muito. Há muita gente assim claro, mas tu tinhas os obstáculos mais poderosos a bloquear-te a mente. Eu orgulho-me de ti. Há cinco anos para cá.. :)

Valente. Um ano é apenas o tempo que o homem inventou. O sofá é maravilhoso, aprende-se imenso nele, acredita.

B e i jo.

Mario Sergio Machado disse...

Rapaz, estou saindo dos inte e indo para os inta e acredito que toda mudança de década é complicada para todos. O tempo passa, até a uva.

Abração