sexta-feira, julho 18, 2008

VIP vs VIP



Tratando-se de um expressão muito em voga, a mesma destaca-se por “destacar” alguns elementos de entre os muitos elementos que compõem a nossa complexa sociedade. Falo de seres humanos naturalmente. Na minha vertente ou pura veia analítica, ou por simples curiosidade, acabei por consultar a minha biblioteca de preferência, nem mais nem menos que a já famosa página Wikipédia, a enciclopédia livre. Segundo apurei, na mesma encontra-se o seguinte:

VIP (da expressão inglesa Very Important Person tradução literal para "pessoa muito importante"), é uma sigla que designa pessoas importantes, influentes, ou altos funcionários com privilégios especiais. Expressão cunhada em 1933.

Conhecida praticamente em todo o mundo é usada também para designar lugares de alto luxo, de acesso exclusivo (Área VIP) ou mercadorias destinadas a pessoas VIP. É frequentemente usada em Apresentações para designar lugares, quem pode ou não entrar nos camarins, etc. Um exemplo são os Lugares VIP.

Muito pouco, ou melhor, pouca informação dedicada a uma expressão assim tão importante. Ou então, é tão claro e de tal forma evidente que não necessita de nada mais… tal e qual dogma é assim e pronto!

Sempre existiram VIPs.

Sabemos que existem muitos VIPs.

Conhecemos, ou não, a história de alguns VIPs.

Alguns elementos já nascem VIPs, é portanto hereditário.

A maioria dos elementos gostaria de se tornar VIP.

Alguns elementos lutam para se tornar VIPs.

Alguns VIPs chateiam-se de ser VIPs.

Existem VIPs… e VIPs.

Eu não sou VIP…

Mas… sempre o irreverente “mas”… como em tudo o que se diz, ou se quer dizer, existe sempre o reverso da medalha. Na gíria popular, ou popularucho, na linguagem da grande maioria dos elementos (não VIPs claro) existe outra tradução para a expressão: (Very Insignificant Person tradução literal para "pessoa muito insignificante").

É aqui que a bota não bate com a perdigota. Os elementos VIP designam os que não o são de VIPs, já os elementos não VIPs designam os elementos VIP como sendo VIPs. A coisa começa a ficar estranha e a conversa também…

Não fiquei confuso, apenas gostaria de saber onde é que a expressão JET7 entra no meio desta história toda.

Reloaded


Perguntei a uma amiga:
- “… então este fds... tens programa?”.

Ela respondeu:
- “…sim, tenho programas”.
- “…vou para a praia da parte da manhã de sábado e da parte da tarde vou passear ate ao fórum…”.

Eu respondi depois:
-“… pois... eu ainda nem sei... deve ser o costume, praia e churrascada... lol”.

Ontem vi de novo o filme MATRIX Reloaded. Gosto muito pois acho que reflecte muito a realidade... vai ao encontro daquilo que penso... existe mais qualquer coisa além das nossas lindas cabecinhas... se é Deus, Jesus Cristo ou Extra Terrestres é que já não sei.

A nossa vida são só sistemas... uns a trabalhar para outros... como as formigas... a diferença é que ninguém nos põe um pé em cima... ou um sapato… ou um mata moscas… mas alguém acaba sempre por pôr ou tirar alguma coisa…

terça-feira, julho 01, 2008

Os homens globalmente afastados


Durante os últimos anos tenho assistido, calmo e sereno, ao desenrolar de todo o processo de globalização. Desde os apologistas aos cépticos, ambos têm merecido a minha atenção, bem como a sua repercussão no terreno, concretamente a sua influência a nível das sociedades e mesmo a nível pessoal. Se para os apologistas este processo, sem qualquer dúvida, seria benéfico para a humanidade melhorando assim a nossa vida a todos os níveis, já os cépticos sempre pretenderam demonstrar os efeitos catastróficos do mesmo. Gosto de estar sempre ao corrente de tudo o que se passa por este mundo, estar informado para não ser surpreendido ou viver na ignorância.

Considero as vertentes, económica e de comunicação, como as mais importantes e mais influenciadas por esta nova era. São visivelmente as mais mediáticas e aquelas onde os seus efeitos se sentem nos nossos dias, na actualidade. Como é meu hábito tomei uma posição, neste caso favorável, sempre defendi este processo, contudo mantive sempre as minhas reservas. Chego á conclusão que fui atraído, ou melhor, aliciado pela facilidade e rapidez com que a informação passou a estar disponível. Acabei por destacar só esse ponto ao meu modesto requisito de exigências ao processo. Esse mesmo acesso a tanta informação, fiável ou não, acabou por também lançar toda uma série de questões até antes ignoradas. Começo a ter as minhas dúvidas quanto ao real propósito do processo, pior ainda, começo a ponderar a hipótese de o mesmo não ser inocente.

Não é novidade e actualmente vivemos e sentimos na pele uma das maiores crises dos últimos tempos. Os mercados bolsistas, agora ainda mais globalizados, estão a ruir e a viver á custa da especulação, nomeadamente á custa de bens essenciais de consumo. O petróleo, a nível energético, bem como os cereais e outras colheitas alimentares, são alvo de valores recorde de acréscimo de custo. Se um é finito, referindo-me ao petróleo, compreendendo-se assim a sua “salvaguarda”, já outro é infinito e está preso a cotas de produção. A grande certeza que já tenho é que a globalização económica não trouxe nenhum beneficio á sociedade, aliás a espaços, rebentam por aqui e por ali focos de insatisfação e violência. A corda estica cada vez mais para as famílias, penhorando-se no seu bem estar e nas suas necessidades. As empresas deslocalizam-se a uma velocidade alucinante, sendo fácil “dispensar” quem delas depende, aliado também ás recentes reformas nos contratos e estatutos dos trabalhadores. Vejo no entanto que alguns, algumas, mas muitas entidades estão a lucrar bastante com esta situação.

Ao nível da comunicação, nomeadamente e onde destaco o acesso e expansão da Internet, bem como o constante desenvolvimento das telecomunicações e dos média, acabam por ser uma faca de dois bicos. No fundo a nossa vida encontra-se agora facilitada, trata-se na realidade de um grande beneficio, e sem sair de casa podemos ter acesso a tudo, pedir tudo, consultar tudo, ou quase tudo. Em frente ao computador ou á TV estamos “presos” e “encalhados” na era digital e global. Andamos a falar, a conversar, a ver-nos uns aos outros, e tudo isto de forma virtual. A humanidade ganhou proximidade de comunicação, penso no entanto, estar a perder a proximidade sentimental e afectiva, bem como a união entre as pessoas. Por tudo isto, aqui também começo a duvidar da inocência de todo este processo. Ocorre-me frequentemente a expressão: “Dividir para reinar!”.

Apenas pretendo com este post levar todos a reflectir e pensar seriamente nos indicadores recentes, nas noticias encadeadas que por aqui e por ali vão enchendo os nossos ecrãs. Gostaria que todos olhassem para dentro dos seus lares, para as suas vidas, para o mundo exposto e acessível. Nada disto me agrada, pode ser um pressentimento meu, posso estar a ser pessimista, a vida corre-me mal. Mas sei que não é verdade e apenas eu esteja com os olhos bem abertos. Não passei a estar contra a globalização mas sim como o processo se desenrola, não tem nada a ver com aquilo que li sobre o assunto, com a mensagem transmitida. Por isso , como cidadão e pessoa sinto-me defraudado.

No fundo e infelizmente, acabo por concluir, ainda com o processo a decorrer, que na verdade o Homem globalizou-se… afastando-se!