quarta-feira, abril 22, 2009

Shutdown.


Hoje fico por aqui, já tenho a vista cansada e a vontade também já se foi embora. É assim o dia-a-dia, mas hoje foram muitas horas ligado ao brilhante ecrán do portátil. Tenho vontade de ir para casa, jantar e relaxar um pouco… se me deixarem. Se fosse já possível eu “teleportar-me” para casa seria perfeito, mas ainda não é. Também não me apetece ir brincar ás formiguinhas no metro, por vezes irrita-me. Hoje vai irritar-me de certeza, o habitual mar de gente que também deve estar como eu. A troca de linha a meio caminho também me cansa, faço-o sempre pois não tenho alternativa. O barco já é melhor, isto se houver um lugarzinho para mim, isolado de preferência. Costumo ler, mas hoje acho que vou fechar os olhos um pouco e descansar. O longo e sempre ventoso caminho a atravessar o terminal também me cansa. Tem dias que a felicidade de encontrar o meu rebento contrasta com a pouca vontade de o ouvir. Ela não tem culpa, eu também não, mas a vida é mesmo assim… uma dureza pegada e suada. Tem dias em que ainda tenho de trabalhar mais um pouco, tratar da janta, da casa, da rega, etc. Foi, é, e será assim a vida de muitas pessoas como eu… há quem esteja bem pior. Já fechei os ficheiros excel, o Notepad, a ligação SSH ao Servidor, o sFTP Filezilla, o PHP Editor. Agora vou publicar isto, de seguida fecho o browser do meu blog, o Outlook e… shutdown!

1 comentário:

teresa disse...

Oh, como te compreendo!
É uma descrição fantástica, a que aliás já nos habituaste, é uma verdadeira crónica de "um fim de dia"!...(e a foto está demais!) E nem falta, a destacar-se do cansaço, o teu sentido de humor, sinal de brilhante inteligência emocional!
Meu amigo, dramático mesmo é quando, ao contrário de ti, não conseguimos fazer "shutdown" e mantemos a máquina ligada, a correr programas e abrir ficheiros que queremos esquecer...
Nunca percas essa capacidade fantástica de "reprogramar" os teus dias, aproveitando em cada um deles o que há de melhor. Como o sorriso (e até o choro, porque ela ri e chora com alma...) do teu rebento loiro.