sexta-feira, junho 04, 2010

Humanidade, Espírito e Alma… Deus?

Começo a aperceber-me, cada vez mais, que algo está a acontecer no mundo espiritual. Reparo que aumenta a cada dia que passa informação sobre experiências, relatos, pesquisas, acerca do mundo espiritual. Já tenho lido sobre o assunto, e de facto até para um “auto-suficiente” como eu pensava ser, começo a ter dúvidas sobre muita coisa. Equaciono o que sinto e tento interpretar esta matéria da mesma forma com que o faço em tudo na minha vida. Este interesse pelo mundo esotérico surgiu-me porque sempre achei que existe “qualquer” coisa para além de nós. No fundo sempre achei, e acho, que estamos (humanidade) um pouco limitados em relação às nossas capacidades. Desde cedo que renuncio associar-me a qualquer religião, quer em acreditação, aceitação ou mesmo prática. Sempre aceitei a religião dos outros, mas sempre ouvi a minha própria religião, seja o que isso for. Se por um lado tenho essa sensação de que existe um ser “superior”, por outro custa-me acreditar porque nunca recebi qualquer sinal, mensagem ou indicação que esse ser existe. Sou do género “ver para crer”.

Em determinada fase da minha vida precisei avaliar-me como pessoa, reencontrar-me e tomar um rumo consciente em relação ao futuro. Para tal, por necessidade e por sugestão de amigos, recorri à ajuda de um psicólogo. Foi uma experiência compensatória, no fundo estive a ser avaliado e “corrigido” nos meus registos e processos. Agradeço porque efectivamente essa terapia foi fundamental para a minha evolução como homem. Comecei também a ler muito, algo que não fazia parte dos meus hábitos. No principio optei por livros relacionados com a vida quotidiana, com experiencias e histórias filosóficas sobre o comportamento humano. Com o passar dos tempos fui sendo mais exigente e agora temas relacionados com esoterismo interessam-me muito. No fundo acho que me estou a fartar de ser uma peça mecânica da sociedade actual, uma parte da engrenagem na linha de montagem humana.

Se realmente esta energia que se sente no ar, que dizem está a aumentar, for verdadeira, eu quero poder senti-la. Quero poder entrar no mundo das almas, quero saber mais que aquilo que sei, quero crescer. Ouço relatos lindos de experiencias de quase morte, de reencarnações, de leitura da áurea, do real significado das cores, da harmonia entre o homem e a natureza, da paz entre os homens, da existência da luz, de diferentes dimensões, da inexistência do tempo e do espaço, da auto cura, da energia…

Se existe um Deus, ou vários, ou o que quer que seja, eu quero descobrir.
Se existe algo mais que esta vidinha que levamos diariamente, eu quero descobrir.
Se posso encarar a vida de outra forma, vive-la melhor e mais intensamente, eu quero descobrir.
Se poder olhar-me, olhar os outros, olhar a natureza de outro modo, eu quero descobrir.
Não o consigo fazer sozinho, tenho de saber quem consegue e, eu quero descobrir.
Se existe vida para além da morte eu quero saber.

2 comentários:

Teresa disse...

Amigo, felicito-te pelo exercício de interiorização, pelas interrogações de alma, pela humildade, pela vontade de conhecer e compreender, ir mais além do que é apenas aparente. És um ser humano notável.
O que já deixei escrito por aqui uma vez, mantenho e reitero. Espiritualidade e racionalidade só rimam por mero acaso. São conceitos totalmente opostos. A ciência jamais conseguirá provar a existência ou a inexistência de Deus (entendido aqui como qualquer energia ou entidade superior do plano espiritual). A fé (espiritualidade) não nasce da razão, mas do coração. Bem disse Saint-Exupery que "o essencial é invisível para os olhos, só se conhece com o coração"...
Não se ensina, não se explica, não se compreende. Descobre-se, sente-se. Compreender, racionalizar Deus seria reduzi-lo a uma mera verdade científica. E a Fé deixaria de fazer qualquer sentido. E, afinal, neste universo, nós somos demasiado pequenos, demasiado insignificantes para entender algo tão superior, tão sublime, que ficará sempre muito além das nossas capacidades de entendimento....

Eme disse...

ele olhou à volta e nada viu. esse Nada era Deus.