sexta-feira, dezembro 07, 2012

O Bolinhas.

Olá a todos. Como tem sido meu hábito nos últimos tempos, após o almoço fui fumar um cigarro ao oitavo piso do edifício onde trabalho. Como devem calcular a vista é boa e abrangente desta “alucinante” cidade de Lisboa. Uma das razões que me levam ao oitavo piso é o facto de ter visão para a Serra da Arrábida que por si só me acalma a alma. Tão, e só, porque me transporta para a minha casa situada no sopé dessa mesma serra. Ai, no sopé da serra, “alucinante” é mesmo o cantar dos pássaros, o ladrar dos cães, e na maioria do tempo, o estrondoso silêncio que acalma qualquer alma que se sinta, ou que se queira sentir (importante). Mas e o Bolinhas? Já explico…

Estando a fumar, no oitavo piso, hoje voltei a olhar as três enormes gruas de apoio á construção de um enorme e imponente edifício que, ouvi dizer, será a nova sede da Policia Judiciária… será? Não importa. Lembrei-me do Bolinhas porque, infelizmente, jaz, espero que em descanso, bem perto do meu pai no cemitério da Moita. Penso que o Bolinhas trabalhava em uma destas gruas pois na sua lapide está bem desenhada uma grua pelo o qual assumo que fosse um operador das mesmas. Imaginei nesse momento qual seria a sensação de trabalhar nas alturas e ver a obra, a cidade, o mundo, de patamar tão elevado. Sentiria o Bolinhas, durante o dia, ou a noite, o mesmo que eu senti naquele momento? Veria também o Bolinhas a sua casa ou a sua terra lá nas alturas? Não sei. Mas associei que sim, que tal como eu naquele momento, o Bolinhas com certeza devia “desligar” muitas vezes desta “alucinante” vida nesta “alucinante” cidade de Lisboa.

Neste momento, 07 de Dezembro de 2012, pelas 14:13, apetece-me ir para casa e “desligar”…

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