António era o nome do meu querido pai e que saudades já tenho dele. Quis a vida que na passada quarta-feira deixasse de estar entre nós. No final desse dia eu senti que seria a ultima vez que lhe daria um beijo e lhe agarraria a mão, sentia-o… pressentia-o. Estava hospitalizado em estado critico há 10 dias, eu via-o a cair, a cada dia mais um pouco, aqui e ali o seu estado físico debilitava. Há muito que sofria e eu, egoísta, queria-o perto de mim. Ainda esperou que eu o visitasse e me despedisse, mas penso que já estaria a seguir o seu caminho, seguia a luz… No final o cancro venceu, mesmo com todos os tratamentos… venceu. Sempre tive esperança que fosse contemplado com um qualquer milagre, mesmo eu tendo um qualquer conflito com a religião mas não com qualquer entidade superior. Até à noticia fatal essa esperança permanecia viva… eu queria que acontecesse. Mas não aconteceu!
Já passaram os dias da “despedida” física. O seu corpo já repousa ao sabor da terra e a natureza trata do resto. Custa-me ainda pensar nisso, mas as coisas funcionam assim. Ele era um homem amigo da natureza, privava com ela de uma forma especial, fundiam-se a cada momento, a cada respirar, a cada acção sua. Foi realmente um homem bom e um bom homem, não por ser meu pai, mas porque o era mesmo. Esteve entre nós 64 anos e 8 meses, mas eu acho que merecia estar mais e ter sofrido menos. Custa-me a entender o porquê de nos últimos 3 anos ter tido de sofrer tanto, por que razão, ou que razão poderá ter havido, para a dor passar a ser sua companheira fiel, a sua cruz. Não vale a pena pensar nisso. Eu, minha mãe e família o recordamos no seu melhor. Recordo-o em tudo o que sou e em tudo o que tenho.
Esta publicação não é uma homenagem, é apenas um desabafo, são apenas palavras. Adoro-te Pai porque estás sempre presente e jamais te esquecerei. Para mim estás vivo e aqui ao pé de mim. Não te toco mas sinto-te, sei que olhas por todos nós…
Já passaram os dias da “despedida” física. O seu corpo já repousa ao sabor da terra e a natureza trata do resto. Custa-me ainda pensar nisso, mas as coisas funcionam assim. Ele era um homem amigo da natureza, privava com ela de uma forma especial, fundiam-se a cada momento, a cada respirar, a cada acção sua. Foi realmente um homem bom e um bom homem, não por ser meu pai, mas porque o era mesmo. Esteve entre nós 64 anos e 8 meses, mas eu acho que merecia estar mais e ter sofrido menos. Custa-me a entender o porquê de nos últimos 3 anos ter tido de sofrer tanto, por que razão, ou que razão poderá ter havido, para a dor passar a ser sua companheira fiel, a sua cruz. Não vale a pena pensar nisso. Eu, minha mãe e família o recordamos no seu melhor. Recordo-o em tudo o que sou e em tudo o que tenho.
Esta publicação não é uma homenagem, é apenas um desabafo, são apenas palavras. Adoro-te Pai porque estás sempre presente e jamais te esquecerei. Para mim estás vivo e aqui ao pé de mim. Não te toco mas sinto-te, sei que olhas por todos nós…
3 comentários:
para mim é homenagem e agradeço-te mo teres dado a conhecer mais para além dos piores momentos. O curso da vida é inquestionável e cheio de porquês mas as respostas resumem-se apenas a algo grandioso que se chama fé. E não é de um dia para o outro que tudo aparece, trata-se de uma longa caminhada, uma longa história, uma autêntica travessia ao deserto de nós próprios...
e depois digo-te o resto. Abraço forte querido amigo
Meu querido amigo,não faço ideia do tamanho da tua dor e saudade porque felizmente ainda tenho os meus pais comigo mas consigo imaginar.Nestas alturas nunca sabemos muito bem o que dizer para confortar quem sofre.O que te dizer!Que estamos contigo para o que precisares e quando precisares,que mesmo á distância os teus amigos estão disponíveis sempre que quiseres.A grande homenagem que fazes ao teu pai já a fazes diariamente ao ser o homem,marido,pai e amigo que ele criou e amou.
Meu querido amigo,um beijo e abraço do tamanho do mundo.Força,muita força!
Cristina e Samuel
Uma bela homenagem ao teu pai, a afirmação e celebração da sua presença eterna na tua vida. E nuca é demais lembrar as palavras do poeta: "a morte é só a curva da estrada. "Morrer é só deixar de ser visto"...
Não tive a honra de conhecer o teu pai, mas, através de ti, sinto que isso aconteceu. Gerou-te e, considerando que és um ser humano excepcional, ele foi certamente, uma pessoa especial.
Junto-me à tua homenagem. Escuto o teu desabafo. Conta comigo, incondicionalmente, hoje e sempre que precisares.
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