
segunda-feira, dezembro 06, 2010
Barreiro, Terra Mítica.

segunda-feira, novembro 29, 2010
Jogar palavras fora...

terça-feira, outubro 26, 2010
Chomsky e as 10 Estratégias de Manipulação Mediática.

(01) A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. "Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja (quinta) como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranquilas')".
(02) CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.
Este método também é chamado "problema-reacção-solução". Cria-se um problema, uma "situação" prevista para causar certa reacção no público, com o fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise económica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
(03) A ESTRATÉGIA DA GRADUAÇÃO.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É assim que condições socio-económicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.
(04) A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo "dolorosa e necessária", obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que "tudo irá melhorar amanhã" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
(05) DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entoação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se tentar enganar o espectador, mais se tende a adoptar um tom infantilizante. Por quê? "Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reacção também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver "Armas silenciosas para guerras tranquilas")".
(06) UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos...
(07) MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. "A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores sejam e permaneçam impossíveis para o alcance das classes inferiores (ver 'Armas silenciosas para guerras tranquilas')".
(08) ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.
Promover o público a achar que é moda o facto de ser estúpido, vulgar e inculto...
(09) REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência da sua inteligência, das suas capacidades, ou dos seus esforços. Assim, ao invés de revoltar-se contra o sistema económico, o individuo desmoraliza-se automaticamente e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua acção. E, sem acção, não há revolução!
(10) CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.
No decorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público que aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um maior controle e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.
As palavras de Avram Noam Chomsky valem o que valem, cada pessoa tem o direito de as interpretar com bem entender e a sua opinião é válida. No meu caso vão ao encontro e no seguimento da minha própria linha de pensamento, quanto a mim está a acontecer. Por isso a todos apenas peço que fiquem atentos aos sinais e aos detalhes de roda pé, principalmente aos média, que nos entram pela casa dentro todos os dias. Apenas pensem no assunto e olhem à vossa volta, ao que se passa no mundo…
terça-feira, outubro 19, 2010
Tempos de crise e a crise dos tempos…

Quem vem seguindo as minhas publicações já deve ter-se apercebido que a palavra Homem é para mim central. Digo-o porque o Homem desde a sua origem é o ser vivo que mais deixa a sua pegada no nosso mundo. Temos hoje, nem todos, consciência que não são boas as pegadas, salvo raras excepções. O Homem é um ser inteligente, está capacitado com um cérebro que aprende e desenvolve, mas cada espécime é diferente de outro, não existindo, nesta matéria, qualquer dúvida. O Homem vive em sociedade mas não é “nada social”. O Homem não está a saber viver em harmonia com o seu mundo nem consigo próprio, esgota recursos naturais e esgota-se enquanto espécie. A continuar assim vai acontecer-lhe o mesmo que às restantes espécies, vai-se extinguir! Também já não é a primeira vez que escrevo sobre isto, e não querendo ser repetitivo apenas pretendo alertar para a actual situação. A cada Homem é permitido fazer algo, por muito pouco que seja, para começar a inverter todo um processo de autodestruição, para muitos involuntário. Mas a diferença está nos detalhes, há que começar por algum desses detalhes, por mais ínfimo que pareça.
Eu sou Homem, já me apercebi da situação e já alterei alguns detalhes, mas estou limitado a mim mesmo. Posso contribuir para melhorar o meu universo mais próximo, a minha “área” de intervenção, o que me rodeia. E falo de todos os detalhes, desde capacitar-me de mais e mais informação, de aprender cada vez mais e de parar… apenas para pensar. Faço-o à minha maneira e aprendi a agir, a reagir e a obter resultados. Pequenos detalhes como apagar sempre as lâmpadas em divisões sem ninguém permite-me poupar energia, poupar o planeta e a carteira. Conduzir mais devagar no automóvel permite-me poupar combustível, poupar o planeta e a carteira. Utilizar a mesma garrafa de água, enchendo-a quando vazia, durante uma semana, permite-me poupar o planeta e a carteira, etc.
Existe um custo, pessoal, de privação ou bem estar, de hábito ou qualquer outro. Tudo na nossa vida tem um custo, com ou sem retorno, mas na actual situação qualquer detalhe, por muito pequeno que seja… conta!
terça-feira, outubro 12, 2010
António José Costa

Já passaram os dias da “despedida” física. O seu corpo já repousa ao sabor da terra e a natureza trata do resto. Custa-me ainda pensar nisso, mas as coisas funcionam assim. Ele era um homem amigo da natureza, privava com ela de uma forma especial, fundiam-se a cada momento, a cada respirar, a cada acção sua. Foi realmente um homem bom e um bom homem, não por ser meu pai, mas porque o era mesmo. Esteve entre nós 64 anos e 8 meses, mas eu acho que merecia estar mais e ter sofrido menos. Custa-me a entender o porquê de nos últimos 3 anos ter tido de sofrer tanto, por que razão, ou que razão poderá ter havido, para a dor passar a ser sua companheira fiel, a sua cruz. Não vale a pena pensar nisso. Eu, minha mãe e família o recordamos no seu melhor. Recordo-o em tudo o que sou e em tudo o que tenho.
Esta publicação não é uma homenagem, é apenas um desabafo, são apenas palavras. Adoro-te Pai porque estás sempre presente e jamais te esquecerei. Para mim estás vivo e aqui ao pé de mim. Não te toco mas sinto-te, sei que olhas por todos nós…
terça-feira, setembro 28, 2010
Sofrer para aprender a sofrer

Ainda em 2006, recebi um e-mail contendo um texto que na altura me tocou e tratei de colocar no blog. O titulo “Tudo o que acontece, acontece por bem” não fazia muito sentido, mas não sei porque razão nunca mais o esqueci. Hoje, em 2010, e com muitas lições passadas, tudo começa a fazer sentido. Encontro-me em mais uma prova de vida, em mais uma lição, talvez uma das mais importantes. E recordo-me, frequentemente, do titulo e das palavras, da mensagem que outrora não percebera. No fundo hoje estou preparado para este teste, um teste de vida ou de morte. Não me sinto bem com a situação, mas estou seguro que: tudo o que acontece, acontece por bem.
Podem ler texto em 2006:
http://joaquimcosta.blogspot.com/2006/05/tudo-o-que-acontece-acontece-por-bem.html
segunda-feira, julho 12, 2010
Algumas músicas da minha vida.

Zeca Afonso, Grândola Vila Morena
Acho que esta é a primeira música que fixei, aquela que vai mais longe na minha memória. A música foi grava em 1971, o ano em que nasci, portanto ainda posso dizer que vivi nos tempos da outra senhora, ou do outro senhor. Na altura percebi que era uma música emblemática e que simbolizava algo, apenas mais tarde soube que foi a música escolhida pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) para ser a segunda senha de sinalização da Revolução do Cravos ás zero horas e vinte minutos do dia 25 de Abril de 1974. Não sei bem que idade tinha para esta associação, mas lembra-me a primeira casa onde morei com os meus pais e a turbulência que se sentia nas pessoas.
Música Clássica, Fúnebre
1980 foi um ano de acontecimentos históricos. Uma das associações que tenho é que quando ouço música clássica, tipo fúnebre ou do mesmo género, vem-me à ideia a passagem incessante de uma notícia na televisão. Mais tarde soube que ocorreu o terramoto nas ilhas Terceira, São Jorge e Graciosa no arquipélago dos Açores. As imagens eram terríveis, a desgraça e a dor das pessoas entravam-nos pela casa a dentro a toda a hora. Lembro-me do constante apelo ao apoio popular na ajuda às vitimas.
Série: As aventuras da Abelha Maia
Acho que todos se lembram desta música, eu lembro-me bem. A estreia da série na Alemanha foi em 1976, portanto em Portugal deve ter sido mais tarde. Associo esta música a uma recordação da sala onde morava com os meus pais. A mesa ao centro, as cadeiras, a televisão a preto e branco e… uma semana sem programação infantil. Presumo que esteja a recordar factos de 1980 à data da morte de Francisco M. L. de Sá Carneiro em 4 de Dezembro do mesmo ano. Sei que durante uma semana a RTP apenas transmitia as cerimónias fúnebres e dava a notícia incessantemente. Lembro-me bem que estava lixado da vida com isso, não percebia bem o que estava a acontecer nem o que significou.
Séries: Dallas, The Love Boat, Battlestar Galactica, Sítio do Picapau Amarelo, Verão Azul, etc
Todas estas séries me levam aos tempos do Penteado. Para quem não sabe fica no concelho da Moita, distrito de Setúbal. Foi por lá que passei praticamente todos os fins de semana da minha infância e, diga-se, da minha adolescência. Bem cedo, os meus pais compraram um terreno por lá, para onde iam após uma semana de trabalho no Barreiro, na antiga Bonfim em que hoje as suas instalações estão ao abandono e o terreno à venda. Por lá, pela Bonfim, passei também a minha infância e adolescência. Mas voltando ao Penteado, todas a séries acima indicadas, e tantas outras mais que não me recordo de momento, levam-me às manhãs e tardes, ora deitado, ora sentado, no anexo que ainda hoje existe e onde actualmente moram os meus pais. Lembro-me do verão e dos dias de imenso calor, do inverno e do frio de rachar, da lareira na cozinha pequenina, da caixa de cartão transformada em castelo onde habitavam bonecos pequenos. Lembro-me dos banhos no tanque do avô do Pedro e do Ricardo, do meu amigo Rui, do Jó e do seu irmão mais velho Filipe. Lembro-me dos grandes almoços em família, quer na casa dos meus pais, quer em casa do meu tio Saul que faleceu este ano. O Penteado está muito marcado na minha vida, foram muitos anos por lá, inclusive nas férias dos meus pais e na vida deles. Hoje em dia vou lá de tempos a tempos e, pouco a pouco, a cada dia que passa, o local transforma-se e as pessoas que conhecia vão morrendo, bem como alguns amigos há muitos anos que não lhes ponho a vista em cima. A vida continuou para todos…
Continuando, a década de 80 foi muito marcante na minha vida e vou só dar exemplos de algumas lembranças:
Rod Stewart 1982, Absolutely Live
Este álbum ao vivo de Rod Stewart leva-me aos tempos das arcadas num prédio do Barreiro, perto do café Piratão, que não sei se ainda existe. Nessas arcadas jogávamos aos “becks”, dois toques e chuta. Ainda fugi algumas vezes de lá a correr, quer fosse pelos vizinhos irritados com o barulho, alguns mitras que apareciam por lá e queriam roubar a bola ou mesmo aviar a malta com porrada. Nessa altura andava com o pessoal dessa zona e lembro-me do Telmo e do Edmar, irmãos pretos que eram uns porreiros, se bem que o Edmar era meio marado. O Rui Azevedo que era meu colega de turma na Escola Secundária Alfredo da Silva, do João a quem a malta chamava “algas” não sei bem porquê, do Nilton, do Nini e do João Godunha. Na altura o “algas” namorava com uma rapariga que andava no “Alfredo”, a escola, e ao grupo juntou-se a Célia e a Paula, onde a ultima hoje trabalha na PT, como eu. O episódio que me lembro é de andar a tentar ter algo com a Célia, o que resultou num fracasso pois no final andou com o Nilton. Soube mais tarde que a Paula até gostava de mim e eu, cego, nem dei por nada. Mas estas músicas associam-me a esses tempos de convivência com malta que era muito mais à frente.
Polystar 1985, Dire Straits, Supertramp, Heróis do Mar, Bryan Ferry, etc
Ao som desta colectânea, que rodou e rodou pelo gira-discos quase até gastar, passei eu muitas horas deitado na cama, simplesmente a ouvir as músicas. Era um não fazer nenhum e na altura o que eu curtia era não ter de estudar, gostava mesmo era olhar a tarde toda para as gajas da rua através dos buracos das persianas.
Propaganda 1985, Duel
Pink Floyd 1987, A Momentary Lapse of Reason
Esta música leva-me até uma viagem com os meus pais à terra do meu pai, Santiago de Cassurrães em Mangualde. Como eu raras vezes saia esta foi uma viagem bem fixe pois na mesma altura juntaram-se por lá todos os tios. A malta mais nova ficou em casa do meu primo Jorge, filho de tios emigrantes na Alemanha. Ele estava muito à frente e tinha uma discografia invejável. Esta música foi uma das muitas que ele me gravou de LP para cassete, tal como o álbum dos Pink Floyd em causa. Também nessa visita fui à discoteca Day After e a uma Rave numa discoteca em Tondela, que não me lembro o nome. Foi em grande…
Simple Minds 1985, Don't You (Forget About Me)
Esta música levava-me sempre a simular o baterista pois adorava a batida.
Tears for Fears 1985, Everybody Wants To Rule The World
Time Bandits 1985, Endless Road
Estas lembram-me idas à praia do Barreiro, concretamente ao moinho onde com as meninas jogávamos ao bate pé.
Europe 1987, The Final Countdown
Esta marca uma época no “Alfredo”, cada intervalo das aulas era marcado por ela na sala de convívio. Também era a música associada à equipa de futebol da nossa turma, que não me lembro o nome. Eram só craques do Barreirense pelo que eu joguei em outra equipa, os 100 Catarro.
New Order 1986, True Faith
Bon Jovi 1986, Livin on a Prayer
Duas músicas que me lembram as tardes em casa da Irina, uma colega de turma da minha prima Xana.
Berlin 1986, Take My Breath Away
Esta música de 1986, do filme Top Gun, é a música dos meninos, ou seja, minha e da Ana, a minha Mulher desde há muitos anos. Claro que não preciso dela para me lembrar do que seja, “quase” todos os momentos com ela são bons, além de companheira é e sempre foi a minha melhor amiga. É um miminho nosso…
Marillion 1988, The Thieving Magpie
Álbum ao vivo desta banda que adoro e que um colega de turma, o Sergio que morava na minha rua, me gravou de LP para cassete. Passei muitas noites a ouvir estas músicas no meu primeiro e único walkman da Sony. Era vermelho e tinha um som dos diabos.
Right Said Fred 1992, I'm Too Sexy
Esta música é a que me lembro da primeira vez que fui a uma discoteca, foi no Barreiro na Discoteca Magic. Tinha 21 anos.
Everything but the Girl 1994, Missing
Esta dança-se sempre, mesmo sem vontade. Não marca nada especifico, mas sempre a adorei.
Tiesto 2004, Just Be
Esta é a minha música, aquela que me dá força e me lembra sempre que temos de ser quem somos. Não podemos nunca cair na tentação de viver a vida atrelados a quem quer que seja. Acreditem que assim a vida tem muito mais sabor.
quinta-feira, junho 24, 2010
A vida no campo.

Comecemos por tirar algumas dúvidas:
- Plantar ou Semear?
Após consulta no sitio na internet Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, genericamente, plantar e semear são sinónimos. Para as pessoas que trabalham no campo, plantar é colocar no terreno uma planta em fase de desenvolvimento, e semear é lançar a semente ao terreno. O arroz pode ser semeado se as sementes forem directamente colocadas no terreno, e pode ser plantado se as pequenas plantas criadas nos viveiros forem implantadas no terreno para a segunda fase do desenvolvimento. Em relação às batatas, os lavradores dizem semear e utilizam, nomeadamente, batatas de semente.
Fonte: A. Tavares Louro, Semear ou plantar batatas?, ciberduvidas.sapo.pt
- Como plantar batatas?
Segundo o sitio na internet As Nossas Vozes, Jornal On-Line do Agrupamento de Escolas da Lajeosa do Dão, para semear as batatas é preciso lavrar a terra para que ela fique mole e deixe entrar a água mais facilmente. De seguida, é tempo de semear: abrimos uns buracos, colocamos as batatas, com um bom grelo, em carreirinha, um bocadinho afastadas umas das outras, e deitamos um punhado de adubo junto de cada batata. Tapamos o rego com terra e esperamos que a batateira venha à luz do sol. Temos que continuar a tratar da batateira: sachar, tirar as ervas daninhas, regar, manter a terra húmida e sulfatar e, ainda, matar as pragas. Chegou a altura de colher a batata, isto é: arrancar as batatas e, cozidas, fritas ou assadas, chegam à mesa das pessoas.
Fonte: Rui Romão, Como se semeiam as batatas?, asnossasvozes.blogs.sapo.pt/21077.html
Como disse anteriormente existe na internet muita informação acerca de temas ligados à terra, falamos agricultura, jardinagem, bem como toda a sua componente acessória.
No entanto a decisão de mudar de vida deve ser bastante ponderada, trata-se de uma mudança radical que implica automaticamente uma melhoria na qualidade de vida. Para quem tem família, principalmente dependentes, a questão deve ser debatida em conjunto verificando todos os cenários possíveis, mesmo os piores.
A saída dos grandes centros leva à “perda” de recursos ou serviços básicos que estavam próximos, bem como algumas “garantias” e mecanismos associados aos direitos dados por determinados empregadores.
Infelizmente, para algumas profissões onde fosse possível, a estrutura empresarial em Portugal ainda não encara bem o trabalho à distancia. Seria uma componente bastante eficaz para ambas as partes, retirando assim toda uma série de componentes logísticas associadas à presença obrigatória no local de trabalho. Retiravam-se pessoas aos grandes centros, aliviavam-se as já saturadas e ineficientes redes de transportes, poupavam-se recursos naturais e aliviava-se o consumo e dependência energética, bem como se dividia a disposição territorial evitando os grandes aglomerados habitacionais. No fundo seria a descentralização populacional e uma nova forma de estar, na vida, no trabalho e com a natureza.
Para lá caminhamos… resta saber quando será assim.
sexta-feira, junho 04, 2010
Humanidade, Espírito e Alma… Deus?

Em determinada fase da minha vida precisei avaliar-me como pessoa, reencontrar-me e tomar um rumo consciente em relação ao futuro. Para tal, por necessidade e por sugestão de amigos, recorri à ajuda de um psicólogo. Foi uma experiência compensatória, no fundo estive a ser avaliado e “corrigido” nos meus registos e processos. Agradeço porque efectivamente essa terapia foi fundamental para a minha evolução como homem. Comecei também a ler muito, algo que não fazia parte dos meus hábitos. No principio optei por livros relacionados com a vida quotidiana, com experiencias e histórias filosóficas sobre o comportamento humano. Com o passar dos tempos fui sendo mais exigente e agora temas relacionados com esoterismo interessam-me muito. No fundo acho que me estou a fartar de ser uma peça mecânica da sociedade actual, uma parte da engrenagem na linha de montagem humana.
Se realmente esta energia que se sente no ar, que dizem está a aumentar, for verdadeira, eu quero poder senti-la. Quero poder entrar no mundo das almas, quero saber mais que aquilo que sei, quero crescer. Ouço relatos lindos de experiencias de quase morte, de reencarnações, de leitura da áurea, do real significado das cores, da harmonia entre o homem e a natureza, da paz entre os homens, da existência da luz, de diferentes dimensões, da inexistência do tempo e do espaço, da auto cura, da energia…
Se existe um Deus, ou vários, ou o que quer que seja, eu quero descobrir.
Se existe algo mais que esta vidinha que levamos diariamente, eu quero descobrir.
Se posso encarar a vida de outra forma, vive-la melhor e mais intensamente, eu quero descobrir.
Se poder olhar-me, olhar os outros, olhar a natureza de outro modo, eu quero descobrir.
Não o consigo fazer sozinho, tenho de saber quem consegue e, eu quero descobrir.
Se existe vida para além da morte eu quero saber.
quarta-feira, maio 19, 2010
E se o Tejo vazasse?

- “E se o Tejo vazasse?”
Imaginem, apenas imaginem, não interessa como, se, de repente, o rio Tejo ficasse sem qualquer água…
Possivelmente, muitos dos marinheiros e capitães,
ou outros, os que vivem do rio,
poderão imaginar como seria.
Eu não.
Não faço a menor ideia como seria.
Mas a minha imaginação faz,
apenas não sei se andarei perto da realidade.
Penso no relevo,
sim,
como ficaria a vista do Barreiro para Lisboa?
De Lisboa para Almada?
De Alcochete para o Montijo?
Penso nas pontes,
sim,
imaginar como seria a vista da ponte 25 de Abril,
imaginar como seria a vista da ponte Vasco da Gama,
imaginar todas as outras a montante,
as suas partes ocultas.
Penso,
tento imaginar,
um verdadeiro tesouro no seu fundo,
um passado perdido, esquecido, ocultado,
uma incógnita.
Penso,
imagino,
automóveis, barcos, esqueletos, armas, talheres, ferramentas,
lixo, lixo e muito mais lixo imagino eu.
Penso,
posso imaginar,
quanta história, quantos crimes, quantos sonhos, quantas vidas,
quanto estará oculto, submerso.
Penso,
vou continuar a imaginar,
continuar a imaginar que imagino,
sem sequer imaginar como seria se vazasse.
Penso,
imagino,
simplesmente,
se vazasse.
terça-feira, maio 04, 2010
Bodas de...

· 01 ano - Bodas de Algodão
· 02 anos - Bodas de Papel
· 03 anos - Bodas de Trigo
· 04 anos - Bodas de Cera
· 05 anos - Bodas de Madeira
· 06 anos - Bodas de Perfume
· 07 anos - Bodas de Lã
· 08 anos - Bodas de Cobre
· 09 anos - Bodas de Cerâmica
· 10 anos - Bodas de Estanho
· 11 anos - Bodas de Aço
· 12 anos - Bodas de Seda
· 13 anos - Bodas de Linho
· 14 anos - Bodas de Marfim
· 15 anos - Bodas de Cristal
· 16 anos - Bodas de Safira
· 17 anos - Bodas de Rosa
· 18 anos - Bodas de Turquesa
· 19 anos - Bodas de Cretone
· 20 anos - Bodas de Porcelana
· 25 anos - Bodas de Prata
· 30 anos - Bodas de Pérola
· 35 anos - Bodas de Coral
· 40 anos - Bodas de Rubi
· 45 anos - Bodas de Platina
· 50 anos - Bodas de Ouro
· 60 anos - Bodas de Diamante
· 70 anos - Bodas de Cobre
· 75 anos - Bodas de Brilhante
· 80 anos - Bodas de Carvalho
Poderão existir ainda mais bodas pelo meio, ainda assim se houver quem comemore aniversários de casamento para além dos 80 anos resta-me dizer... PARABÉNS!
segunda-feira, abril 26, 2010
Pais após o casamento dos seus filhos.

O que aparentemente é uma questão banal e instituída socialmente, consiste num dos maiores paradigmas relacionais e está associado a muitos divórcios ainda na era actual. Trata-se do encontro e adequação do papel dos pais no casamento dos filhos.
Teoricamente, com a idade adulta, os filhos passam a ser responsáveis pelas suas escolhas, pelas pessoas com quem convivem e se envolvem, pelo seu dinheiro e profissão. Esta liberdade confere aos filhos, o direito de assumirem as suas opções e de não permitirem as interferências parentais.
Contudo, na prática, as coisas não são bem assim! Por um lado, há filhos muito dependentes dos pais e, nem o casamento lhes permitiu o processo de desvinculação, por outro, há pais tão autoritários que, não aceitam as opções dos seus descendentes e interferem na sua vida conjugal.
Tudo começa desde que nascemos e recebemos as influências do meio. A rapariga constrói o modelo do pai, do irmão e de outros elementos masculinos dados como ideais para um futuro marido. O mesmo acontece com o rapaz e a mãe, a avó, a irmã ou outras influências femininas. Quantas mais pessoas do género oposto se conhecer, mais abertura intelectual teremos e mais facilmente nos ajustaremos numa relação.
O primeiro namoro precisa de ser “aprovado” pelos pais que, supostamente saberão quem melhor se adequa à vida do filho e, com esta atitude ingénua, os filhos estão a mostrar que não são capazes de fazer as suas escolhas. Este facto dá abertura aos pais que, de imediato, se assumem como protectores incondicionais e não sabem quando devem assumir um novo papel.
A ideia de fragilidade dos filhos e que eles serão eternas crianças, está aqui bem presente. Claro que, no casamento, o traço continuará e, daí os problemas e as “colheradas” no seio do casal!
Uma solução começa pelos filhos perceberem que têm essa responsabilidade, que só depois de aceitarem a pessoa em causa é que deverão apresentá-la aos pais como sendo a sua escolha, mesmo correndo o risco de errar e de mudar mais tarde, pois nada é absoluto ou perfeito. Com esta postura, naturalmente os pais percebem que os filhos cresceram e procuram outros centros de interesse para si. Eis que começa o processo de desvinculação que é: aceitação e respeito entre pais e filhos, mas cada um segue o seu percurso de vida, com a manutenção dos laços afectivos.
Os pais não terminam no casamento dos filhos, nem estes só evoluem com a autorização parental. Há um corte necessário na forma de se encararem mutuamente. O rapaz deverá manter a sua relação com os pais que, no fundo são as suas referências e a rapariga igualmente alimentar a relação parental, mas o novo elemento não deverá expor-se a essa transformação. Com o tempo e a reestruturação familiar, naturalmente a nora e o genro passarão a ser aceites, mas é um processo gradual e, nem sempre fácil e óbvio.
O novo elemento deverá concentrar-se na pessoa amada e não nos sogros, pelo que a distância é uma boa opção até que exista consistência relacional e alguma confiança adquirida. Lembre-se de que, primeiro os pais têm de se adaptar à ideia do filho adulto, só depois terão capacidade para aceitar a sua escolha amorosa, por isso, não se envolver no seio familiar é um truque com bons resultados, senão poderá comprometer o casamento mesmo sem que dele tenha tirado partido!
Ao mesmo tempo, o filho precisa de se contextualizar da ideia de casado e de saber como vai lidar com os pais. Sem que se pense no assunto, é aqui que reside a base do casamento bem sucedido: separar os papéis para que se construam de uma forma mais amadurecida.
Muitos casais não chegam a consolidar a relação pela necessidade de aprovação dos pais. Não há erro maior, pois afinal quem é que vai viver com a pessoa?! Ao mesmo tempo, a ideia de que o “filho merecia melhor” é outro estigma que limita a acção da nora ou do genro, pois os pais fazem um retrato de quem gostariam para os filhos.
Este processo é tão normal que os filhos deverão proteger-se, pois caso contrário, terão muitas dificuldades em viver uma relação estável e duradoura. Não cabe aos pais saber como agir, mas sim aos filhos dizer como desejam ser tratados na idade adulta e depois de casados…
De Madalena Dias,
http://www.emspublinet.com/index.php?article=10016&visual=8&id_area=1&layout=20
De Madalena Dias,
http://www.emspublinet.com/index.php?article=10016&visual=8&id_area=1&layout=20
quarta-feira, março 24, 2010
Aniversário
sexta-feira, março 19, 2010
Saul Vieira

Descansa em paz.
terça-feira, fevereiro 23, 2010
Associação Criminosa, E.P.

Passaram-se seis dias até voltar a este texto, muita coisa aconteceu, incluído a tragédia que se abateu sobre a ilha da Madeira. Não sei se será coincidência, no texto que publiquei em 15 de Janeiro de 2010 intitulado “2012, A Profecia…”, disse ter a sensação que, principalmente este ano, iriam suceder-se uma série de catástrofes naturais. Também disse que poderia ser sugestão, e poderá continuar a ser. Posso estar a exagerar, mas este inverno tendencialmente rigoroso deixa-me um pouco deprimido, dai talvez me tenha deixado levar por isso e ando um pouco “negativo”. Os últimos textos são exemplo disso, reconheço que não ando muito optimista em relação ao futuro e uma onda cinzenta vagueia pela minha cabeça. Há que mudar o ciclo e corrigir esta abordagem, levantar a moral e enfrentar o futuro com esperança.
Publico o texto e mantenho o titulo, continuo a ter as minhas dúvidas em relação aos nossos políticos, no entanto nada posso provar, nem sequer a mim mesmo. Poderei, em época de eleições, contribuir com a minha opinião em relação a tudo o que se tem passado, votando, ou não.
Agradeço as palavras da minha grande amiga Teresa, sempre fiel e quase única comentadora dos meus textos. Invariavelmente tenho a tendência em convergir para a negatividade, está-me no sangue. Voltei a equilibrar as forças e afinal há esperança no futuro, as palavras da Teresa são um indicio disso mesmo.
Caso para dizer, poucos comentadores… mas bons.
quarta-feira, fevereiro 17, 2010
Estranho mundo que habita dentro de nós…

- “… em que pensavas?”;
- “… estás no mundo da lua?”;
- “… parece que nunca andas cá…”;
È verdade, por vezes não ando por cá, ando mesmo por lá, lá longe, onde existe um mundo concebido á minha medida, só meu. Nesse mundo tenho a possibilidade de viver a vida que quero, ser o que quiser e, a melhor parte, fazer acontecer… tudo o que quiser e como quiser. Fantástico esse mundo, onde vivemos em pura consciência, onde os sentimentos abraçam os nossos desejos, onde a vida é real, onde somos 100% nós mesmos. Não se trata de olhar para dentro, de sonhar acordado, é viver em liberdade num mundo “físico” cheio de regras e barreiras a cada passo, em cada momento. Recorrendo á técnica de analogia, essencial em qualquer exposição ou experiência, em minha opinião o nosso interior não mais é do que um simples e básico simulador. O uso, a técnica, consiste em num único sistema utilizar toda uma série de dados, ou variáveis, impossíveis de utilizar em qualquer outro modelo similar. O resultado das simulações, a aplicação do mesmo, é também uma verdadeira surpresa, em que por vezes a nós próprios surpreende.
Há quem diga que reflectindo mudamos o nosso interior. Não sei se posso concordar com esta afirmação, assim de forma simples, ou com este ponto de vista, pelo menos no meu caso. A reflexão, a “solo”, permite-nos viver e reviver de acordo com a nossa vontade, avançar e recuar, analisar e concluir, mas sem garantia que possamos mudar o que quer que seja. Neste mundo, só nosso, podemos mudar sim, mas nunca nos iremos separar da nossa vontade, do nosso verdadeiro ser ou essência. A reflexão em grupo, o ideal, a tendência, não é mais nem menos do que encontrar um ponto comum em todos os mundos, ou nos enquadramos, ou não. Teremos de simular e obter respostas.
Há quem diga que, dentro de nós, se inicia a construção de um mundo melhor. Nada mais poderia ser verdade, mas de que mundo falamos? Certamente não será do mundo “físico”, esse nunca será melhor que o “nosso mundo”. A verdade é que sempre iremos querer um mundo melhor, melhor para nós mesmos certo? Há que ter a coragem de o dizer assim mesmo, não vale a pena mentirmo-nos. Cada um de nós irá sempre tentar conduzir ou levar que se chegue a um mundo á sua própria imagem, aquele que idealiza no seu simulador. Cada um de nós irá seguir e tentar passar para a vertente física o seu próprio mundo. Só assim cada um de nós poderia viver num mundo melhor. Como isso em teoria não é possível, se bem que para alguns independentemente do processo ou meio em que vive, como vive, ou como se proporcionou viver, possa mesmo acontecer e viver no seu mundo ideal, aos restantes cabe a “penosa” tarefa de viver com cedências, adaptar-se ao possível.
Portanto, como também há quem diga, vivemos no mundo que construímos…mas será mesmo assim? Acho que não… porquê? Não pode nem nunca poderá existir um mundo perfeito, aquele que muitas vezes se designa como a vida no céu, chegar ao céu. Cabe-nos viver neste “mundo possível”, cedendo e criando cedências, sobreviver aos mundos de todos nós, ao mundo desconhecido onde existe toda uma série de variáveis e incógnitas, em conformidade com a natureza, a variável das variáveis, a incógnita das incógnitas. A chave é simples, no nosso mundo tudo é possível, basta querermos. No mundo real, no mundo físico, no mundo dos mundos, não basta apenas querer, basta simplesmente sobreviver, querendo…
segunda-feira, fevereiro 15, 2010
Free Run

Existe um termo no mundo das telecomunicações designado “free run”, ou melhor, sem qualquer fornecedor ou fonte de relógio. Por norma, as redes de telecomunicações têm preferencialmente uma única fonte de relógio de referência, e deverá ser válida e fiável. Tenho escrito sobre vários assuntos que me ocorrem, preocupo-me no entanto por expor os mesmos criando variadas analogias, fiáveis. O termo, traduzido á letra, diz tudo sobre o ponto onde vou querer chegar, corremos sem qualquer referência, pelo menos válida e muito menos fiável. Ainda hoje, durante a hora de almoço, eu e os meus colegas debatíamos sobre o estado actual da sociedade e falou-se muito de capitalismo e de “Zeitgeist”.
Sobre o capitalismo já quase toda a gente falou, a fundo ou não todos têm opinião formada sobre o assunto, no entanto acho que andamos todos um pouco enganados. Há muitos anos atrás o capitalismo era a tábua de salvação mundial, quem já não ouviu a celebre expressão “o sonho americano”. No fundo o capitalismo é uma ideologia como qualquer outra, a experiência assim o diz e o resultado também o comprova. Sempre se promovem com boas bases, sustentadas ao bem estar da sociedade, com bom fundo e como objectivo principal a elevação da raça humana. Com os meus 38 anos, vivendo quase sempre sobre a alçada do dito capitalismo, já não vou tendo dúvidas sobre o eminente colapso do mesmo. Como sempre a ideia até não é má, mas a derivação sofrida ao longo dos tempos e a constante lacuna humana a incrementar ruído e a desviar o processo vão dar mau resultado. Não o digo por ter aderido a qualquer outra ideologia, elas existem e a espaços começam a surgir seguidores e pregadores das mesmas. Desde soluções ligadas à religião, ao humanismo, até mesmo o recurso a uma terceira guerra mundial, não me parece existir em qualquer delas uma única solução. O que pretendo dizer é que estamos mesmo “lixados” e reforço que maus tempos virão, não acredito que a situação se resolva a bem, infelizmente.
Quanto a Zeitgeist acho melhor não falar sobre o assunto, quem quiser que pesquise na internet ou o faça da forma que achar mais apropriada. Já me habituei a esquemas de contra informação e a duvidar de tudo e de todos, já nada tem o selo de “verdade” e agora optei por ouvir o meu instinto… só vendo é que acredito. Sei que é triste chegar a esta conclusão, no fundo não preciso ir muito longe para verificar o actual estado da sociedade. Na conjuntura actual recupera-se de uma grave crise financeira, mas no fundo e se pensarem bem a mesma não passou de uma triste brincadeira. A sociedade em si abanou, algumas pessoas sofreram e sofrem os seus efeitos, já alguns beneficiam com os mesmos. É o capitalismo no seu estado mais puro: débito/crédito.
Poderão perguntar, e bem, se existe alguma solução para evitar o anunciado colapso da actual sociedade. A maioria das pessoas diria que sim, existe sempre uma solução para tudo, o que acaba por ser verdade, nem que seja porque se quer ser optimista e se tem esperança que tal aconteça. A minha resposta é invariavelmente negativa, se me questionarem sobre o assunto não vejo qualquer solução válida nem praticável nos próximos tempos. Geralmente os sistemas são ensaiados em modo reduzido, testam-se pequenas amostras que poderão servir de base a decisões, ou a conclusões. No meu banco de ensaio, a minha observação ao modelo onde estou enquadrado dá-me resposta imediata à pergunta. Não vejo em nada nem em ninguém qualquer referência maior que me chame a atenção, que me faça seguir determinado caminho, apenas sobrevivo no meu cantinho. Como pessoa tenho os meus valores, aprendi-os á minha custa e agradeço a muita gente a pessoa em que me tornei. O meu fio condutor passa pela minha própria pessoa e pelos meus entes mais queridos, até por alguns amigos que muito estimo. Nada de novo foi dito, assim sou eu e praticamente todas as pessoas que habitam neste planeta. A vida é curta, nunca se sabe o dia de amanhã, os nossos filhos terão de se desenrascar e não vale a pena chatearmo-nos com isto. Quando a coisa der para o torto irei defender-me como puder, a mim e aos meus, não irei olhar a fronteiras nem a qualquer espécie de compaixão humana. Somos assim e este é o nosso estado mais puro.
No fundo terei de chegar a esta modesta conclusão, o homem e a sua sociedade trabalham em modo: free run!
sexta-feira, janeiro 15, 2010
2012, A Profecia...

Já estamos em 2010, desejo a todos um excelente ano, se não for melhor que também não seja pior. Em relação a mim, a primeira quinzena que já passou continua como terminou em 2009, em ascendente. Começo assim o lançamento de mais um post, o primeiro, com um tema que a espaços se ouve falar por ai, o ano 2012. Existe um filme sobre o assunto mas ainda não o vi, estou curioso e já vi no YouTube alguns trailers do mesmo. Já em 1999 se falou muito sobre o assunto, corria a frase ”a 2000 chegarás, dos 2000 não passarás…”. Passámos!
Acabei por me dar à procura de algum fundamento para mais uma data anunciada para o fim, algures em Dezembro de 2012. Mesmo não tendo as melhores expectativas para o futuro da raça humana este seria um final… sei lá… complicado, estranho. Terminei as buscas porque é um tema horrível, acho que seria bastante deprimente se agora me desse a preparar-me para esse dia. Tenho, ainda assim, a noção que a nossa vida irá começar a sofrer algumas complicações, algo está a mudar no “nosso universo”. Tenho a sensação que, principalmente este ano, irão suceder-se uma série de catástrofes naturais, será por sugestão? Não sei.
O facto é que dou-me por vezes a pensar em medidas preventivas, guardar racionamento de toda a espécie, construir um abrigo, etc. Até já pensei em comprar uma arma, ou várias, tudo numa perspectiva da possibilidade de ocorrer o que de pior penso para o futuro. Penso principalmente na protecção da minha família, nos meus entes mais queridos, na possibilidade de lhes acontecer algo. É uma linha de pensamento que não quero de forma alguma alimentar, trata-se do futuro e como tal estaria a criar cenários, e bem negros. Dai, vou-me forçar a ignorar o assunto, continuar a viver ao momento, olhar para o futuro de forma mais positiva, enfim… viver naturalmente.
Ainda assim, da pesquisa que efectuei, relembro o que me levou a pensamentos fora do comum, ao verdadeiro medo, segue a profecia:
"A profecia maia para 2012 baseia-se em um alinhamento astronômico. Em dezembro de 2012, o sol do solstício vai se alinhar com o centro de nossa galáxia. É um raro alinhamento cósmico. Acontece uma vez a cada 26.000 anos" diz John Major Jenkins, autor do livro Maya Cosmogenese 2012.”
Partilho também este endereço, penso ser um site interessante e aborda toda uma série de leituras e linhas de pensamento:
Tudo de bom a todos… até aqueles que não gosto.
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